BCP sobe, sobe e ganha mais de 11% esta semana. BNP diz que banco é “uma casa feita de pedra”

Banco de investimento francês iniciou a cobertura das ações do BCP. Refere-se ao banco liderado por Miguel Maya como uma "casa feita de pedra" e vê potencial de valorização de mais de 40%.

O BCP só conhece ganhos esta semana, acumulando uma subida de 11,5% desde segunda-feira. As ações têm acompanhado o setor europeu, mas esta quinta-feira receberam uma avaliação positiva do BNP Paribas. “É uma casa de pedra”, referem os analistas franceses para destacar a resiliência do banco liderado por Miguel Maya.

Os títulos do BCP valorizaram nesta sessão 1,30% para 10,11 cêntimos, naquele que foi o quarto dia seguido de ganhos para o banco. Atingiu o valor mais elevado desde o final de abril.

Os analistas do Exane BNP Paribas reiniciaram a cobertura do BCP e deram-lhe nota positiva: atribuíram à ação um preço-alvo de 15 cêntimos, conferindo um ganho potencial de 46% face à cotação desta quarta-feira.

“Vemos os pontos fortes do banco (resultado antes de provisões e capital) como mais reveladores do que as vulnerabilidades relacionadas com os ativos não produtivos (NPEs) e o risco de litígios na Polónia. As ações estão a ser transacionadas com um atrativo desconto de 40% face aos bancos ibéricos”, diz o Exane BNP Paribas numa nota de research a que o ECO teve acesso.

“O banco de investimento baseia-se na relação entre resultado antes de provisões e empréstimos do BCP: capaz de absorver cerca de 7,5% de sua carteira de empréstimos se ficar problemática e está em melhor posição do que quase todo o setor europeu. E tem novos reforços. Os investidores podem lembrar-se que o capital e a liquidez foram pontos fracos em 2009. Não são mais: o rácio de empréstimos face depósitos está em 90%, com os créditos bem diversificados, enquanto estimamos uma almofada de capital num nível saudável de 670 pontos base face aos empréstimos”, explicam os analistas.

BCP valoriza há quatro sessões

O BCP foi um dos motores da bolsa de Lisboa. O PSI-20, o principal índice português, valorizou 1,77% para 4.380,64 pontos, com apenas duas cotadas a fecharem abaixo da linha de água (Mota-Engil e Altri).

Do lado positivo, destaque para os pesos pesados Jerónimo Martins e EDP Renováveis, que somaram 4,67% e 4,27%, respetivamente.

O melhor desempenho pertenceu à Pharol, que registou uma subida de 6,56% para 0,0764 euros.

Lisboa seguiu o sentimento positivo da Europa. O parisiense CAC-40 ganhou 1,76% e o alemão Dax-30 subiu 1,06%. Em Milão, o índice FTSE Mib valorizou 2,46%. O Stoxx 600 subiu 1,64% para 355,47 pontos.

Segundo os analistas do BPI, na base do otimismo dos investidores está o Fundo de Recuperação apresentado esta quarta-feira pela Comissão Europeia, ao “insistir que a maioria dos apoios assuma a forma de subvenções, que serão financiadas pela emissão de dívida pela União Europeia com a garantia de todos os seus membros”.

“Esta decisão representa um importante passo na integração fiscal da União Europeia, que poderá permitir uma resposta mais coesa e eficaz a futuras crises”, disseram os analistas.

(Notícia atualizada às 17h09)

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