PME vão ter nova linha de crédito de 1.600 milhões
A Capitalizar 2017 vai ter uma dotação de 1.600 milhões de euros e vai funcionar em complementaridade com a já disponibilizada pela Instituição Financeira de Desenvolvimento.
A nova linha de crédito já foi batizada: “Capitalizar 2017” foi o nome escolhido para o instrumento que vai substituir a PME Crescimento 2015, que se manteve em vigor até agora. O anúncio oficial vai ser feito nos próximos dias.
Ainda há detalhes que estão a ser acertados, mas no essencial já está tudo definido. A nova linha de crédito para PME estará dividida em diversas sublinhas nomeadamente para micro e pequenas empresas, fundo de maneio, tesouraria e investimento de médio e longo prazo. No total, a linha terá uma dotação de 1.600 milhões de euros, sabe o ECO.
Assim as empresas passam a ter disponível uma dotação superior à que tinham até agora (cerca de dois mil milhões de euros) já que esta linha vai funcionar em complementaridade com a linha, entretanto, disponibilizada pela Instituição Financeira de Desenvolvimento. Em causa estão mil milhões de euros de dotação alimentados por fundos comunitários, o que torna algumas operações impossíveis de financiar.
Por isso, a nova linha de crédito vai permitir financiar as operações que estão fora do âmbito dos fundos estruturais — que de acordo com as regras comunitárias estão impedidos de financiar a atividade estrita das empresas — como fundo de maneio e operações de mais longo prazo, mas também de regiões como Lisboa e Algarve, cujo nível de desenvolvimento não lhes permite usufruir dos fundos comunitários da mesma forma.
Uma das questões que ainda está em aberto é garantir que a atratividade de ambas as linhas é idêntica. Ou seja, que as instituições bancárias não têm a tentação de fazer as operações no âmbito da IFD em detrimento da linha de crédito, por exemplo, por causa das comissões. Por isso, ainda estão a ser afinados os últimos detalhes relativamente aos spreads que vão ser cobrados. Mas é de esperar que as condições sejam mais vantajosas tendo em conta que os juros têm vindo a descer.
Recorde-se que a PME Crescimento 2015 foi lançada em abril desse ano, com uma dotação global de 1.650 milhões de euros e com uma taxa de juro negociada entre as empresas e os bancos. O limite máximo corresponde à taxa Euribor (seis meses) acrescida de um spread que varia entre 2,7% para as PME Líder e 4,3% para as empresas que apresentam mais riscos nas linhas de crédito comercial. Entretanto, a dotação foi reforçada para dois mil milhões de euros.
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