Bolsas aliviam perdas com reforço da bazuca do BCE. Economia preocupa

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu reforçar o programa pandémico de compras e os investidores reagiram bem. As bolsas europeias aliviaram das perdas, mas recuam. Wall Street também cai.

Tal como antecipado pelos analistas, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu reforçar o carregamento da “bazuca” contra a crise pandémica: são mais 600 mil milhões de euros de compras que vão concretizar-se até ao ao final de junho do próximo ano, totalizando 1,35 biliões de euros.

A reação nas bolsas europeias foi rápida: os índices, que estavam a negociar em baixa, aliviaram as perdas registadas nesta quarta-feira. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, arrancou a manhã com uma queda de 0,5%, para 367,06 pontos, mas após o anúncio do BCE às 12h45 esteve a ganhar por breves momentos. Mas pouco, voltou a entrar em terreno negativo, agravando as perdas: -0,62% para os 366,63 pontos.

O mesmo aconteceu no PSI-20, apesar de não ter chegado a negociar em terreno positivo. O índice lisboeta está neste momento a desvalorizar 0,27% para os 4.623,59 pontos, com a Jerónimo Martins e a Galp a liderarem as perdas entre os pesos pesados ao recuarem 1,55% para 15,535 euros e 1,23% para 11,605 euros, respetivamente.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street acabou de iniciar a sessão pelas 14h30 (hora de Lisboa) e igualmente sob pressão vendedora, depois de quatro sessões em alta. O S&P 500 perde 0,33% para 3.112,43 pontos, ao mesmo tempo que o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq cedem 0,11% e 0,15%, respetivamente.

Os investidores estão a “digerir” os dados revelados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho sobre número de norte-americanos que pediram apoio no desemprego, que caiu na última semana pela primeira vez desde meados de março. Os novos pedidos de subsídio de desemprego totalizaram os 1,87 milhões de euros na semana que terminou a 30 de maio, abaixo dos 2,1 milhões da semana anterior. Os economistas sondados pela Reuters apontava para pedidos na ordem dos 1,8 milhões.

No cenário europeu, apesar deste alívio dado pelo reforço da injeção do BCE, os investidores continuam preocupados com a dimensão incerta do impacto económico do coronavírus na economia europeia.

O BCE irá apresentar a atualização das suas projeções para a economia do euro, este ano e para os próximos. A perspetiva é de que aponte no sentido de uma forte recessão, tal como Lagarde tem vindo a alertar, o que mantém os investidores reticentes na exposição a ativos de risco.

(Notícia atualizada às 14h40 com abertura de Wall Street e novas cotações)

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