Há 331 novos casos de coronavírus, 93,4% na região de Lisboa. Já morreram 1.455 pessoas

Aumentou para 33.592 o número de infetados com coronavírus no país. Dos 331 novos casos detetados nas últimas 24 horas, 309 foram na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 331 novos casos de Covid-19, elevando para 33.592 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 1%. Nas últimas 24 horas morreram oito pessoas com a doença, segundo a última atualização ao boletim das autoridades de saúde portuguesas.

Desde o início do surto em Portugal, a 2 de março, foram detetados 33.592 casos confirmados de Covid-19 no país, ou seja, mais 331 do que o número registado no balanço de segunda-feira. A maioria das novas infeções foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, 309 dos novos casos, o que representa cerca de 93,4% do total e um ligeiro aumento face ao dia anterior.

Do total de infetados, a maioria está sob tratamento em casa, sendo que 445 estão internados (mais 17 que ontem), dos quais 58 nos cuidados intensivos (mais dois). Há 1.741 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e 28.685 sob vigilância das autoridades de saúde. “Dos casos ativos temos 96,2% a recuperarem no domicílio, 3,8% dos casos ativos estão internados, sendo que 0,5% em unidade de cuidados intensivos e 3,3% em enfermaria“, adiantou Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa desta quinta-feira, transmitida pela RTP3.

Quanto ao número de mortes, há registo de 1.455 óbitos, mais oito nas últimas 24 horas e um número relativamente baixo comparado com os valores que têm sido registados ao longo das últimas semanas. Em Portugal, já 20.323 pessoas recuperaram da doença, o que representa mais 244 pessoas recuperadas do que no balanço anterior.

Boletim epidemiológico de 4 de junho:

A nível regional, em termos absolutos, o Norte continua a ser a região mais afetada no país pelo surto, com um total de 16.819 casos já confirmados e 801 mortes, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo (com 12.137 casos e 383 mortes) e da região Centro (3.770 casos e 240 mortes). Segue-se o Algarve (376 casos e 15 mortes) e o Alentejo (262 casos e uma morte). Nas ilhas, os Açores registam 138 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira contabiliza 90 pessoas infetadas.

Metade dos testes no SNS estão a ser feitos na região de Lisboa e Vale do Tejo

Face ao elevado número de contágios que têm vindo a ser reportados na região de Lisboa e Vale do Tejo, o secretário de Estado da Saúde assinala que a prioridade continua a ser a testagem, nomeadamente em empresas. “Até à meia-noite de ontem [quarta-feira] foram feitas cerca de 9.000 colheitas de amostras biológicas nestas empresas. Hoje estão previstas cerca de cinco mil colheitas”, precisou.

Quanto aos concelhos que representam maior preocupação, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, assinala que entre maio e junho “os concelhos de Loures, Lisboa, Almada, Seixal, Barreiro, Vila Franca de Xira e Sintra são, neste momento, dentro da região de Lisboa e Vale do Tejo, as zonas com mais casos por 100 mil habitantes”. Nesse sentido, para já a prioridade é “perceber o que se está a passar em Lisboa, detetar positivos, retirar os positivos do circuito isola-los e minimizar as cadeias de transmissão”, reitera Graça Freitas.

Assim, apesar de admitir que há nesta região “uma situação epidemiológica mais ativa” do que no resto do país, — que, de resto, se mantém “estável –, a diretora-geral da Saúde sublinha que “nas outras regiões continua a testar-se de acordo com a situação que existe” e de acordo “com a estratificação do risco”. No dia 2 de junho, “cerca de 50% dos testes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram feitos na região LVT isto no dia 2 de junho. No norte foram feitos cerca de 28% dos testes, no Centro 14%, no Alentejo 4% e no Algarve 2%“, acrescentou o governante.

Na mesma conferência de imprensa, Graça Freitas referiu ainda que, nos próximos dias, serão publicadas orientações sobre a possível retoma das visitas a doentes internados, após a avaliação da situação na região de Lisboa e da forma como o surto “vai ter ou não reflexos no resto do país por causa da mobilidade de pessoas”.

Quanto à reserva de equipamentos de proteção individual do SNS mantém-se “estável”, existindo até ao momento “mais de 30 milhões de máscaras cirúrgicas e mais de seis milhões de mascaras FFP2“, informou o secretário de Estado da Saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h36)

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