Grupo gestor dos centros Alegro vai compensar lojistas em 15 milhões
Estas compensações serão feitas através de descontos, isenções e moratórias nas rendas. A Ceetrus gere atualmente 300 centros comerciais na Europa, dos quais 13 em Portugal.
A Ceetrus Portugal, que gere os centros comerciais Alegro, vai compensar os lojistas em 15 milhões de euros, através de descontos, isenções e moratórias nas rendas, disse esta terça-feira à Lusa o responsável pela gestão de ativos do grupo.
“Estamos dispostos a ajudar os nossos lojistas, porque acreditamos que a economia não vai relançar da noite para o dia”, disse Rui Vacas, no final de uma reunião com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, que aconteceu já depois do primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado a reabertura dos centros comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML) na próxima segunda-feira.
De acordo com o responsável da Ceetrus, o apoio de 15 milhões de euros aos lojistas dos seus centros comerciais vai abarcar não só o período de confinamento, em que as lojas estiveram fechadas, mas também o período de reabertura da economia. “O grosso desse valor vai ser em descontos ao nível das rendas, não só no período em que as lojas estiveram fechadas. Temos que contemplar também algum valor para que se possa ajudar os lojistas a relançarem a economia”, esclareceu.
“O Governo está a ajudar os lojistas mediante lay-off e moratórias, nós vamos ajudar com descontos nas rendas, moratórias ou mesmo isenção em alguns casos e ninguém ajuda os centros comerciais”, afirmou Rui Vacas, referindo-se a possíveis danos na imagem dos centros comerciais, que podem ter sido vistos como locais pouco seguros, por terem sido “os últimos a abrir”.
Segundo o responsável da Ceetrus, o secretário de Estado do Comércio explicou que havia “muita preocupação” em reabrir os centros comerciais da AML, “para mais tarde voltar a fechar”, face ao aumento de casos de coronavírus na região, tendo o Governo decidido aguardar. “Decidiram [o Governo] abrir com a confiança de não voltar a fechar em 2020”, adiantou Rui Vacas.
O responsável sublinhou que os centros comerciais em Portugal representam cerca de 100 mil postos de trabalho, dos quais metade estão concentrados na AML. Mais, a AML representa 35% do número de centros comerciais no país, mas mais de 50% do volume de vendas do setor.
Quanto ao retorno dos clientes aos centros comerciais, Rui Vacas acredita que será um “processo gradual” e estima uma perda generalizada de 40% dos seus clientes este ano, comparando com o ano passado. A Ceetrus tem mais de 300 centros comerciais espalhados por 10 países da Europa. Em Portugal, gerem 13 espaços, com um valor global de 800 milhões de euros, dos quais 600 milhões estão concentrados na capital.
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