Widgets e tudo arrumado no novo iOS 14. Estas são as novidades que traz ao seu iPhone
A Apple introduziu uma nova versão do iOS para iPhones e um novo iPadOS para os tablets da marca. Há uma melhor organização das apps no ecrã e pode agora adicionar widgets, como no Android.
A Apple introduziu uma nova versão do iOS que traz novidades do ponto de vista da organização das apps e a possibilidade de adicionar widgets à página principal de milhões de iPhones em todo o mundo. A Siri ganha mais poderes e há também uma nova aplicação proprietária para tradução de conversas em tempo real. Para os iPads, há agora um novo sistema operativo próprio, a que a Apple chamou de iPadOS.
O iOS 14 foi anunciado num evento virtual promovido pela marca esta segunda-feira e vai “buscar” algumas das funcionalidades marcantes do Android. Impedida de promover a conferência anual de programadores de forma presencial, por causa da ameaça do novo coronavírus, a empresa decidiu manter a realização do evento através de uma apresentação totalmente remota, sem público.
Entre as novidades está a possibilidade de adicionar widgets ao ecrã principal dos aparelhos. Os widgets são como versões em miniatura das aplicações móveis, que permitem executar uma série de funcionalidades sem ser necessário entrar na respetiva app. A possibilidade de adicionar widgets ao ecrã foi uma das principais características distintivas do sistema concorrente Android.
Outra novidade é a possibilidade de ver vídeos ao mesmo tempo que se usa outra aplicação. Ou seja, se um utilizador estiver a ver um vídeo e desejar abrir outra aplicação, pode manter o vídeo a correr no ecrã, numa versão em “miniatura” que pode ser arrastada para qualquer parte do ecrã, ou mesmo escondida na lateral.
Mas há também novidades próprias da Apple. Com o crescimento do mercado das aplicações nos últimos anos, facilmente um utilizador instala centenas de aplicações no iPhone ou iPad. A organização torna-se difícil, pelo que o iOS conta agora com uma nova área onde as apps são organizadas automaticamente por um algoritmo de inteligência artificial. Há um espaço para as últimas aplicações usadas pelo utilizador, bem como sugestões de apps que o utilizador pode querer abrir num determinado momento.
Siri ganha novos poderes
A Siri é a assistente virtual da Apple, uma área da tecnologia que muitos acreditam poder ser a “próxima grande plataforma”. É também uma área bastante concorrencial, pelo que a Apple deu novos poderes à Siri para desempenhar mais funções.
Uma das novidades é a possibilidade de gravar e enviar mensagens de voz, tudo isto sem sequer tocar no ecrã. Basta pedir à Siri, iniciar a gravação e a mensagem é enviada. Atualmente, são feitos, em média, 25 mil milhões de pedidos à Siri por mês, revelou a companhia.
A Siri ganha também novas capacidades de tradução graças à nova aplicação nativa da Apple, a “Translate”. Trata-se de uma alternativa ao Google Tradutor e que permite aos utilizadores traduzirem frases ou textos inteiros. A aplicação tem também um modo de ecrã dividido, para que duas pessoas possam manter uma conversa praticamente em tempo real mas em dois idiomas distintos.
A fabricante do iPhone está também a tentar que mais pessoas usem a sua aplicação “Maps”. A empresa apontou baterias ao Google Maps e apresentou a sua própria alternativa com capacidades mais alargadas, incluindo um modo para ciclistas. Há também um esforço da empresa em tornar os mapas mais detalhados.
iPad passa a ter o seu próprio OS
Até aqui, os telemóveis e os tablets da Apple partilhavam o mesmo sistema operativo, o iOS. Não a partir de agora. Os iPads “ganham” o seu próprio sistema operativo, ao qual a Apple chamou de iPadOS 14.
Segundo a marca, a necessidade de lançar um OS específico para os iPads prende-se com a necessidade de adaptar alguns aspetos para os tablets, que têm mais espaço no ecrã do que os telemóveis da fabricante.
Uma das novidades é o facto de o alerta de chamada telefónica recebido nos iPads deixar de ocupar o ecrã todo. Não mais uma chamada interromperá uma reunião ou uma apresentação importante, garante a empresa.
A empresa reformulou ainda o sistema de pesquisa dos tablets, permitindo pesquisar não só a nível local como em toda a internet. E para quem tem por hábito usar a caneta da Apple, agora passa a ser possível escrever à mão e passar tudo para texto. Pode, mais tarde, copiar, colar ou editar com o teclado.
Mac deixa a Intel. Chegou o Apple Silicon
Por fim, há novidades de peso nos computadores Mac. A Apple vai deixar de usar os processadores da Intel e lançou uma nova gama de processadores própria, à qual chamou de Apple Silicon. A transição deverá estar completa em dois anos, anunciou o presidente executivo, Tim Cook.
Os novos Mac vão passar a ter estes processadores, dando à Apple o controlo total sobre o ecossistema de computadores, desde o software ao hardware e a toda a arquitetura do sistema que faz os Mac funcionares de forma fluida. Segundo a marca, a Microsoft está a trabalhar no Office para os novos computadores, assim como a Adobe, que tem algumas das ferramentas de multimédia mais usadas do mundo.
A empresa também introduziu o novo macOS 10.16 Big Sur. Há novidades no que toca à organização das janelas e até ao Safari. A privacidade é a palavra de ordem e o browser avisa agora o utilizador para as formas como os seus dados pessoais possam estar a ser guardados, ou o seu comportamento a ser registado por uma determinada página ativa.
(Notícia atualizada pela última vez às 20h56)
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