Taxa de poupança sobe no arranque do ano. Toca máximo de 2014
Desde 2014 que os portugueses não poupavam tanto num só trimestre. A queda do consumo, em sequência da pandemia, levou ao aumento da taxa de poupança.
A taxa de poupança dos portugueses aumentou no primeiro trimestre para os 7,4%, subindo seis décimas face ao valor registado no quarto trimestre de 2019 (6,8%), de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE. Esta é a taxa de poupança mais elevada desde o terceiro trimestre de 2014 (7,7%).
O aumento da taxa de poupança no início do ano deve-se ao aumento de 0,9% das remunerações — ainda ausente o efeito dos despedimentos e do corte das remunerações por causa do lay-off — e à “ligeira redução do consumo final”, explica o gabinete de estatística.
Esta é a análise com base no ano terminado no primeiro trimestre. Normalmente, esta é a ótica usada por causa dos efeitos sazonais neste indicador, principalmente por causa do subsídio de férias (2º ou 3º trimestre) e de Natal (4º trimestre) — se não estiver em duodécimos –, o que leva a taxa de poupança no primeiro trimestre a ser a mais baixa do ano. “Apesar deste forte efeito sazonal, no contexto da pandemia Covid-19 importa ainda assim avaliar o comportamento da taxa de poupança“, refere o INE.
É possível isolar apenas os dados de janeiro a março para ter uma melhor fotografia do que aconteceu. Nessa ótica, a taxa de poupança das famílias aumentou 2,9 pontos percentuais num só trimestre, na comparação homóloga, o que reflete “sobretudo a redução do consumo privado” que pode ser explicada com o confinamento decretado para todo o país.
“O rendimento disponível manteve-se em crescimento, observando-se um aumento das remunerações, que ainda não refletem no 1º trimestre os impactos negativos da pandemia Covid-19, e das prestações sociais recebidas“, explica ainda o INE.
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