Offline e online? 7 respostas sobre o Web Summit 2020
Primeira edição "híbrida" em Lisboa está marcada para 2 a 4 de dezembro. A seis meses do Web Summit 2020, há muitas dúvidas no ar. Tentamos responder a algumas perguntas.
Lisboa acolherá, pelo quinto ano consecutivo, o evento criado pelo irlandês Paddy Cosgrave. A seis meses do dia D, há muitas dúvidas no ar sobre como vai funcionar o evento desta vez. Tentamos responder a algumas das perguntas, algumas delas ainda sem resposta.
O que é isso de “Web Summit online e offline”?
Dadas as limitações impostas pelas autoridades decorrentes da situação da pandemia, a organização do Web Summit decidiu anunciar, esta quarta-feira, que o evento em Lisboa decorrerá de forma mista — entre o offline, a partir do Altice Arena, em Lisboa, e de outros locais espalhados pelo país e o online, em transmissão direta através do software criado pela organização.
Só em outubro se saberá em que moldes poderá ser feito o acompanhamento do evento no local mas, para já, uma coisa é certa: poderá ser acompanhado de acordo com a mesma dinâmica que está a ser implementada, por estes dias, no Collision from home, evento “irmão” do Web Summit. Com base no software desenvolvido ao longo das últimas semanas pela equipa do Web Summit, o evento que deveria estar a decorrer em Toronto, no Canadá, pode ser acompanhado via app — networking e agenda — e via desktop, no caso das conferências que decorrem em simultâneo e a partir de diferentes partes do mundo.
As datas do evento mantêm-se?
Não. O Web Summit de 2020 estava, desde a edição do ano passado, agendado para a primeira semana de novembro (entre 3 e 6 de novembro). No entanto, a organização anunciou esta quarta-feira que o evento será adiado para os dias 2 a 4 de dezembro, um mês depois das datas inicialmente previstas.
E os preços?
Os bilhetes para o evento estão à venda desde a edição de novembro passado, mas os tipos de bilhete sofreram alterações: a organização lançou dois preços de bilhetes para o público geral, um a 99 dólares que dá acesso ao conteúdo divulgado e ao networking, via app; e outro a 999 dólares, que além de acesso ao conteúdo e a networking, inclui um passe VIP (ao lounge dos oradores). Estes preços são “super early bird” e mantêm-se até 31 de agosto.
Quantas pessoas vão assistir à conferência in loco?
É uma das grandes incógnitas que só será resolvida mais perto do evento. É que, se a organização adiantou esta quarta-feira, em comunicado, que espera chegar aos 100 mil assistentes — número que disparará face aos 70 mil participantes da edição de 2019 — Paddy Cosgrave confidenciou, em conferência de imprensa, que ainda não é certo o número de pessoas que a organização poderá ter no Altice Arena. “Só em outubro e, com base nas recomendações das autoridades de saúde, poderemos saber o número de pessoas permitido, e essa informação deverá mudar a cada semana”, referiu o irlandês.
Como vai funcionar a conferência?
A ideia é que o que se passa nos diferentes palcos do Web Summit seja transmitido a partir de diferentes localizações. A primeira, e a única conhecida para já, é o Altice Arena onde, nas edições anteriores tem funcionado o palco principal do evento. Segundo adiantou Paddy Cosgrave na conferência de imprensa desta quarta-feira, a organização quer ter, além deste, outros palcos espalhados um pouco por todo o país.
“Não queremos só criar um estúdio em Lisboa, mas ir ao Porto, Coimbra, Faro, e fazer algo em simultâneo. O mundo tem de saber que há muito Portugal para além de Lisboa e, por isso, estamos a pensar em como fazê-lo”, assinalou o irlandês, sublinhando que “quaisquer que sejam as limitações, quero que a edição deste ano possa andar por Portugal. Em dezembro, será incrível que o mundo veja e possa conhecer um pouco mais de todo o país”.
Que novidades traz a edição de 2020?
Sabe-se ainda muito pouco sobre as novidades da edição deste ano. Além de decorrer em formato híbrido, a edição deste ano do Web Summit vai ter, pela primeira vez, um canal dedicado a Portugal. A ideia é que, durante os três dias do evento, passem por esse “palco” virtual centenas de representantes de startups e grandes empresas portuguesas, universidades e outras instituições e que, além desses protagonistas, se fale de cultura, tradições, turismo e arte nacionais.
À semelhança dos anos anteriores, este ano o Web Summit contará ainda com iniciativas associadas a outros movimentos como o INSPIRE program, women in tech, negócios locais de Lisboa ou com as dinâmicas ligadas à Lisboa Capital Verde 2020. Mantém-se também o programa Road2WebSummit, em parceria com a Startup Portugal. Este ano, a organização vai ter 100 lugares disponíveis para startups portuguesas selecionadas pela associação.
E bilhetes grátis?
Por enquanto, a organização adiantou em comunicado que vai ter disponíveis 50.000 bilhetes gratuitos para estudantes e staff de universidades, assim como para recém-licenciados com interesse em criar as suas próprias startups. “Em setembro, cada universidade em Portugal vai receber uma alocação de bilhetes, baseada na sua dimensão, e poderá distribuí-los por estudantes, staff e graduados”, explica a organização do Web Summit em comunicado.
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