TAP tem de passar por um processo de reestruturação. “Governo tem de estar à altura”, diz Pedro Nuno Santos

Fechado o acordo, o Estado vai injetar 1.200 milhões de euros na TAP, mas depois terá de iniciar por um processo de reestruturação. Pedro Nuno Santos fala num "cenário desafiante".

A TAP vai receber um “cheque” de 1.200 milhões de euros para recuperar da crise provocada pela pandemia. Mas, a seguir, terá de passar por um processo de reestruturação que, diz Pedro Nuno Santos, representa “um desafio grande”. No entanto, garante o ministro das Infraestruturas, o Executivo não “foge das decisões difíceis”.

Na conferência de imprensa em que anunciou que chegou a acordo com os acionistas privados, com o Estado a passar a controlar 72,5% do capital da companhia aérea, Pedro Nuno Santos salientou o esforço para aqui chegar. Mas alertou que esse esforço não acaba aqui. Agora, vem a reestruturação da empresa.

TAP tem de passar por um processo de reestruturação. Este é um desafio grande que temos pela frente.

Pedro Nuno Santos

Ministro das Infraestruturas

A TAP, que “tinha capitais próprios negativos em 580 milhões de euros” no final do ano passado, “tem de passar por um processo de reestruturação. Este é um desafio grande que temos pela frente”, alertou o ministro das Infraestruturas, em declarações transmitidas pela RTP3.

“O Governo tem de restar à altura”, disse, salientando que o Executivo “não foge de decisões difíceis. Tem de as tomar”, rematou Pedro Nuno Santos.

O ministro diz que o processo de reestruturação será difícil, notando ainda para os vários riscos que existem neste processo num contexto desafiante à luz da pandemia. Desafios a nível financeiro, mas também social.

"Sei que os trabalhadores da TAP estão conscientes do desafio que temos pela frente.”

Pedro Nuno Santos

Ministro das Infraestruturas

“Em nenhum momento nos esquecemos de quem faz a empresa”, disse o ministro. Sei que os trabalhadores da TAP estão conscientes do desafio que temos pela frente”, salientou.

Pedro Nuno Santos diz que este é “um desafio que a atingir alguém, são os trabalhadores da TAP”, notou o governante, deixando assim uma palavra para os cerca de 10 mil trabalhadores da empresa.

Questionado sobre os despedimentos que decorrem da reestruturação, o ministro disse que não é dado a “inevitabilidades”. Diz que “as opções são várias”, não estando garantida a necessidade de reduzir o número de funcionários da TAP.

(Notícia atualizada às 22h50 com mais informação)

 

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