Administração da Efacec diz que nacionalização viabiliza continuidade
Conselho de administração da empresa diz que a decisão "vem resolver o impasse vivido no processo de reconfiguração acionista, permitindo viabilizar a continuidade da empresa".
O Conselho de Administração da Efacec considera que a nacionalização de 71,73% da empresa é “um claro reconhecimento” do “valor económico e estratégico” do grupo, permitindo “viabilizar a sua continuidade” e manter o seu “valor financeiro e operacional”.
“O Conselho de Administração da Efacec Power Solutions agradece o que entende como um claro reconhecimento do valor económico e estratégico da Efacec no panorama nacional e internacional nos setores da energia, mobilidade e ambiente. Esta decisão vem resolver o impasse vivido no processo de reconfiguração acionista, permitindo viabilizar a continuidade da empresa e garantir a estabilidade do seu valor financeiro e operacional”, sustenta a administração numa declaração enviada à agência Lusa.
Segundo refere, a decisão do Conselho de Ministros de nacionalizar 71,73% do capital da empresa, já promulgada pelo Presidente da República, “responde ao apelo feito pela Efacec da necessidade de ser encontrada uma solução urgente que não deixasse cair o grupo, o seu talento e know-how tecnológico diferenciado, materializado nos 2.500 trabalhadores que o compõem”.
Na nota enviada à Lusa, o Conselho de Administração da Efacec Power Solutions agradece ainda “a confiança e a resiliência estoica com a qual todos os seus trabalhadores enfrentaram estes meses particularmente difíceis” e reafirma “o seu total compromisso em garantir a continuidade presente e futura do grupo”.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto-lei para nacionalizar 71,73% do capital social da Efacec, uma empresa nacional que “constitui uma referência internacional em setores vitais para a economia portuguesa”.
Este processo decorre da saída de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos do capital da Efacec, na sequência do envolvimento do seu nome no caso ‘Luanda Leaks’, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou, em 19 de janeiro passado, mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária e do marido que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.
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