Ações da EDP ajustam para 4,537 euros com destaque dos direitos
Depois do prospeto, o aumento de capital chega ao mercado. E está dado o primeiro passo da operação, com o destaque dos direitos. Os títulos da elétrica ajustam para um valor teórico de 4,537 euros.
Está dado mais um passo no aumento de capital que a EDP está a realizar para financiar a compra da Viesgo. Depois de publicado o prospeto, a operação chegou ao mercado, começando pelo ajuste das ações da elétrica aos novos títulos que vai emitir para obter os cerca de mil milhões de euros necessários. Tendo em conta a cotação de fecho da sessão desta segunda-feira, os títulos passam a apresentar um valor teórico de 4,537 euros. Os direitos valem 10,5 cêntimos.
As ações, que valorizaram em bolsa desde que a empresa anunciou a operação, encerraram a negociação desta segunda-feira, 20 de julho, a cotar nos 4,642 euros. Encerrada a sessão, a cotação sofre agora um ajuste para um valor que servirá de referência para o arranque da negociação na sessão desta terça-feira, dia a partir do qual os títulos já não contam com os direitos que permitem aos investidores participarem no aumento de capital.
Evolução das ações da EDP
Este valor teórico das ações da EDP no pós aumento de capital resulta da soma da capitalização bolsista no fecho desta sessão, de 16,87 mil milhões de euros, somada dos 1.020 milhões de euros que a empresa pretende captar juntos dos acionistas, dividida pelo total de ações que passarão a representar o capital social da elétrica. Este cálculo resulta nos tais 4,537 euros, a cotação ajustada da EDP.
Esta cotação ajustada permite, ao mesmo tempo, perceber qual o valor teórico dos direitos para participar no aumento de capital que está a ser realizado pela EDP. É da diferença entre a cotação no fecho desta sessão e a cotação ajustada que se encontra o preço teórico destes direitos que, neste caso, será de 10,5 cêntimos.
O valor dos direitos não é estanque. Os direitos são destacados a este valor, mas como serão admitidos à negociação no dia 23 de julho, poderão assumir uma cotação díspar. Havendo uma valorização ou desvalorização das ações nas próximas sessões, o valor teórico destes títulos até à entrada em bolsa irá variar.
Uma vez em bolsa, o valor dos direitos tenderá a acompanhar a cotação da EDP, já que o ativo subjacente é o mesmo: a elétrica. Contudo, mediante o interesse ou desinteresse dos investidores na operação, estes poderão, algumas vezes, entrar em situações de desequilíbrio face às ações, ora ficando mais caros que os títulos da EDP, ora ficando mais baratos. Esses momentos tendem a ser aproveitados por alguns investidores para fazerem arbitragem, operações em que tiram partido dos desequilíbrios no mercado, praticamente sem risco.
Os investidores que tinham ações da EDP em carteira até ao final da sessão desta segunda-feira vão passar a ter um direito por cada título detido, sendo que um só direito não permitirá comprar um novo título. Vão poder subscrever 0,085035375 novas ações, sendo, por isso, necessário ter 11,75 destes direitos para cada novo título. Em termos práticos, para comprar uma só ação terá de ter 12 direitos.
Estes direitos dão aos investidores a oportunidade de participarem nesta operação da empresa liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade mediante o pagamento daquele que é o preço de subscrição definido pela EDP. Neste caso, a elétrica fixou esse valor em 3,30 euros, um preço que à data do anúncio da emissão das novas ações representou um desconto de 23% face ao mercado.
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