Procura por casas com terraço aumenta 24% nos últimos 3 meses

  • Lusa
  • 21 Julho 2020

Só nos últimos 3 meses, a imobiliária JJ "teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço”. Há maior preocupação com espaços exteriores e de trabalho devido à pandemia.

A imobiliária JLL revelou esta terça-feira que teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço, nos últimos três meses, e que há mais preocupação com espaços exteriores e de trabalho, devido ao “grande confinamento”.

A procura por espaços exteriores já era uma realidade em crescimento antes da pandemia, mas o confinamento veio intensificar a importância destes espaços com o aumento das horas que passamos em casa. […] Só nos últimos três meses, em plena pandemia, a JLL teve um aumento de 24% nas vendas e arrendamentos de casas com terraço”, afirmou, em comunicado, a responsável pelo segmento residencial da JLL, Patrícia Barão.

A JLL divulgou esta terça-feira os resultados do inquérito “Nova vida, nova casa?”, para perceber, junto de cerca de 1.400 inquiridos, qual o impacto da pandemia nas necessidades habitacionais dos portugueses e as novas preocupações que surgiram desta experiência. O estudo conclui que 49% dos portugueses faria ajustes na sua casa devido à pandemia, sendo a criação de um espaço de trabalho (51%) e a modernização do espaço exterior (34%) as duas principais alterações, destacando-se ainda a intenção de redecorar a casa (33%).

Mais 43% dos inquiridos mudaria de casa como consequência do confinamento, quando antes da pandemia apenas 19% estava à procura de uma nova habitação. Na procura de uma nova casa, a possibilidade de ter um espaço exterior privado foi a condição que ganhou maior relevo depois do confinamento, passando no grau de “muito importante” de cerca de 40% para 60%. Este fator foi mais valorizado por quem vive em apartamento, bem como por quem vive com parceiro/a e filhos.

Segundo a JLL, a existência de um “escritório doméstico” passou a ser outra prioridade na procura de casa, aumentando de um critério de cerca de 20% dos inquiridos para cerca de 40%. “A massificação do teletrabalho durante o confinamento está na base desta valorização, pois se antes 59% dos participantes não trabalhava em casa, agora 84% acredita ser ideal trabalhar a partir casa, pelo menos um dia por semana, exigindo um espaço adequado para isso”, refere o estudo.

No entanto, apenas 15% dos inquiridos admitiu que se mudaria para fora das cidades ou centros urbanos.

O inquérito “Nova vida, nova casa? – Teve a pandemia Covid-19 impacto nas necessidades habitacionais?” foi concluído em junho, com respostas de cerca de 1.400 pessoas, das quais 59% do sexo feminino e 41% do masculino. Do total de inquiridos, 32% tem entre 35 e 44 anos e outros 34% entre 45 e 54. A maioria dos inquiridos (59%) vive no centro urbano, 27% na periferia urbana e os restantes 14% fora da cidade.

A covid-19 é uma doença transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Para combater a sua propagação, foi decretado um dever geral de confinamento em casa, com as pessoas em teletrabalho, ‘lay-off’, assistência à família, ou mesmo sem emprego.

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