O que é normal no novo normal?
Os líderes e executivos devem esperar o inesperado e ser ágeis na sua abordagem ao planeamento estratégico.
Algumas pessoas podem dizer que o normal “já era”. Após o choque inicial da pandemia da Covid-19, as empresas e as pessoas começaram a fazer planos de recuperação, de reabertura e de retorno à estabilidade. Percebemos rapidamente que a nova realidade tem apenas uma única característica garantida: imprevisibilidade!
Num artigo recente para a HRD Connect, o consultor de recursos humanos Chuck Heaton deu um conselho que pode parecer inesperado: “Esteja preparado para não estar preparado”. Por outras palavras, os líderes e executivos devem esperar o inesperado e ser ágeis na sua abordagem ao planeamento estratégico.
Para alguns, esta nova realidade pode parecer um bem-vindo abandono de estruturas mais rígidas e processos e procedimentos bem definidos. Eles podem prosperar com esta maior flexibilidade e aceitar isto como um convite para inovar e experimentar coisas novas. Outros podem achar stressante e até perturbador este maior nível de ambiguidade e podem sentir-se incapazes de confiar nas formas comprovadas de alcançar resultados. De facto, o que constitui resultados ou sucessos hoje, pode também sofrer mudanças drásticas.
Os líderes e executivos devem antecipar mudanças nas necessidades dos seus clientes e stakeholders. Isto leva-nos a colocar perguntas diferentes e, ao mesmo tempo, ouvir atentamente a voz do sistema. Isto pode significar que, para o resto de 2020, os objetivos necessitam ser de curto prazo. Isto pode significar que os projetos podem ser iniciados e reiniciados com mais frequência do que nunca. Isto pode significar que a verdadeira abordagem Agile dos negócios se tornará, de facto, o novo normal.
Nenhuma destas mudanças é fácil de fazer e de manter. Ter que fazer isto numa situação stressante com tantas incógnitas e fatores de mudança pode desafiar os líderes mais experientes e as suas equipas. Como sempre, nem mesmo a melhor estratégia pode ser executada sem uma boa equipa. É aqui que recorrer ao suporte de um coach profissional – especificamente, um coach de equipas (team coach) – pode aumentar a probabilidade de sucesso a curto e longo prazo.
Existem muitas definições de coaching de equipas. O Center for Creative Leadership define coaching de equipas como um processo de um coach trabalhando com uma equipa de líderes que partilham os mesmos objetivos e metas e que estão igualmente comprometidos com uma abordagem de trabalho pela qual se responsabilizam mutuamente. A definição de Carr e Peters de coaching de equipas é “… uma abordagem abrangente e sistémica para apoiar uma equipa a maximizar o seu talento e os recursos coletivos para efetivamente realizar o trabalho da equipa”.
Existe um número crescente de estudos que ilustram o profundo impacto positivo do coaching de equipas. Parte do que torna o coaching de equipas tão poderoso é o facto de se trabalharem os relacionamentos dentro da equipa e os problemas de negócios dentro do contexto do “trabalho real” dos negócios.
O coaching de equipas pode ser apenas o que é necessário agora, mais do que nunca, para facilitar a criatividade, a inovação e a promoção de um alto desempenho. Isto pode ajudar os líderes a proporcionar novas e atraentes maneiras para que o trabalho seja bem executado, para que as pessoas se sintam satisfeitas com as suas contribuições e para trazer um pouco mais de normalidade a este “novo normal”.
*Magdalena Nowicka Mook é CEO da International Coaching Federation.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
O que é normal no novo normal?
{{ noCommentsLabel }}