Presidente da Anacom ataca operadoras. “Há zonas do país onde não é possível fazer uma chamada”
Presidente da Anacom diz que o país tem duas velocidades em termos de comunicações. Com o 5G à porta, Cadete de Matos volta a defender o roaming nacional.
Portugal está mal servido de telecomunicações, na perspetiva do presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). João Cadete de Matos critica o facto de em 2020, haver zonas do país em que não é sequer possível fazer uma chamada, quanto mais aceder à internet. E isso, diz à Rádio Renascença (acesso livre), tem impacto no desenvolvimento do país, com prejuízo para o interior.
“Há de facto zonas onde não é possível estabelecer comunicações de voz e há ainda zonas significativas do país em que as comunicações através da internet não se fazem“, diz o regulador, apontando o dedo às operadoras de telecomunicações. “Isso é particularmente evidente nas zonas do interior do país, zonas com menos densidade populacional, que são aquelas onde os operadores de telecomunicações têm um retorno mais baixo do seu investimento”, nota.
Cadete de Matos defende que essas ligações “são muito importantes para o desenvolvimento económico, para a coesão do território, para que o país não tenha duas velocidades em termos de comunicações”. Por isso, e numa altura em que o país se prepara para o 5G, o presidente da Anacom defende a aposta no roaming nacional. É um “absurdo que em certas zonas do país as pessoas tenham uma antena de rede móvel ao seu lado, mas não se possam conectar porque pertence a outro operador”, atira.
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