Lucros da REN caem 9,8% no semestre penalizados pela CESE
Nos primeiros seis meses deste ano, os lucros da REN caíram 9,8% para 46,1 milhões de euros, penalizados pela Contribuição Extraordinária para o Setor Energético.
Os lucros da REN – Redes Energéticas Nacionais caíram 9,8% para 46,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, em termos homólogos, penalizados pela Contribuição Extraordinária para o Setor Energético, adiantou a empresa, em comunicado.
Esta contribuição representa uma “taxa efetiva de imposto de 37,3%”, salientou a REN que deu conta de que os “resultados financeiros melhoraram em 5,4 milhões de euros (20,2%) para -21,4 milhões de euros, sustentados pelo menor custo médio da dívida (1,9% contra 2,2%)”.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) reduziu-se em 4,2%, para 237 milhões de euros, de acordo com a REN.
Esta performance deveu-se “à redução no valor de taxas de remuneração dos ativos (-9,8 milhões de euros) resultantes de obrigações soberanas mais baixas”, bem como “ao novo enquadramento regulamentar para o gás” e “à maior contribuição do OPEX (6,9 milhões de euros)”.
Por outro lado, “o EBITDA beneficiou do negócio da REN no Chile, que foi 3,4 milhões de euros superior ao do período homólogo, com a introdução da Transemel nas contas”, sendo esta uma empresa que a sociedade portuguesa comprou naquele país.
De acordo com a REN, o CAPEX (investimento) “atingiu 60,6 milhões de euros (+10,7 milhões de euros), 75% dos quais relacionados com o negócio da eletricidade”.
“Nos últimos seis meses, com a pandemia provocada pelo SARS-Cov-2 ainda a alastrar globalmente, a REN teve alguns dos seus principais projetos de investimento temporariamente suspensos, e assumiu custos adicionais com donativos e medidas de segurança, de acordo com a sua política de apoio à comunidade e aos seus colaboradores. O impacto da Covid-19 no desempenho financeiro da REN foi, no entanto, globalmente neutro no resultado líquido”, referiu a empresa.
A dívida líquida da REN aumentou, no semestre, em 7,6%, face a igual período de 2019, fixando-se em 2.839,9 milhões de euros.
A empresa referiu ainda que, no primeiro semestre, o “consumo de energia elétrica registou uma variação negativa de 5,1%, ou 5,2% com correção de temperatura e dias úteis. O consumo de energia elétrica no primeiro semestre de 2020 foi, de resto, o mais baixo desde 2004”, salientou a REN.
A empresa recordou ainda que já depois do final do semestre, “integrou com outras empresas nacionais o consórcio H2 Sines, que visa avaliar a viabilidade de criação de um polo de produção de hidrogénio verde em Sines, no âmbito da Estratégia Nacional para o Hidrogénio”.
(Notícia atualizada às 19h01 com mais informações)
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