Confiança dos empresários recupera, a dos consumidores não
Indicador de confiança dos consumidores caiu em julho, registando-se mesmo a maior quebra desde abril, mês marcado pelo confinamento por causa do novo coronavírus.
A confiança dos empresários está a recuperar, depois de meses difíceis em resultado da pandemia. Contudo, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE), no caso dos consumidores houve uma deterioração do indicador de confiança em julho, registando-se mesmo a maior quebra desde abril, mês marcado pelo confinamento por causa do novo coronavírus.
“O indicador de clima económico aumentou entre maio e julho, após ter atingido em abril o valor mínimo da série”, diz o INE. “Os indicadores de confiança recuperaram em todos os setores, com destaque para a Indústria Transformadora, que prolongou o maior aumento da série verificado no mês anterior, depois de ter registado o mínimo da série em maio”, salienta.
No casos da “Construção e Obras Públicas e no Comércio, os indicadores recuperaram parcialmente entre maio e julho”, enquanto o “indicador de confiança nos Serviços aumentou em junho e julho, após ter apresentado em maio o valor mais baixo da série”.
Esta evolução é positiva, no sentido em que aponta para maior otimismo dos empresários na recuperação da economia após um período marcado por uma quase paralisação em resultado das medidas adotadas para prevenir a propagação da Covid-19.
No entanto, o INE mostra o outro lado, menos positivo. O “indicador de confiança dos consumidores diminuiu, após ter recuperado parcialmente nos dois meses anteriores da maior redução face ao mês anterior registada em abril”.
“A diminuição resultou do contributo negativo das perspetivas relativas à evolução futura da situação económica do país e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar“, refere o INE. As expectativas relativas à realização de compras importantes e à evolução da situação financeira do agregado familiar, por outro lado, “contribuíram positivamente, de forma ligeira no último caso”.
Mais otimismo na Zona Euro
Tal como aconteceu cá, também na Zona Euro o indicador de sentimento económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, continuou a recuperar em julho, na zona euro, devido a melhorias nas expectativas do emprego e ao aumento da confiança na indústria, serviços e comércio a retalho, divulgou a Comissão Europeia.
Segundo os dados publicados pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia, citados pela Lusa, em julho deste ano, o indicador de sentimento económico “continuou a registar um aumento acentuado na Zona Euro”, ao subir 6,5 pontos para 82,3, tendo também melhorado no conjunto da União Europeia (+6,9 pontos para 81,8).
(Notícia atualizada às 10h14 com mais informação)
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