Hacker Rui Pinto libertado após quatro meses em prisão
Após quatro meses em prisão domiciliária, Rui Pinto é libertado esta sexta-feira. Estava numa habitação que pertencia à Polícia Judiciária. Hacker vai ter de se apresentar semanalmente às autoridades.
Rui Pinto vai ser libertado esta sexta-feira. Apesar de, em junho, o Tribunal Central Criminal de Lisboa ter mantido as medidas de coação de prisão domiciliária e de proibição de acesso à internet, o hacker vai poder sair da habitação em que se encontra e que pertence à Polícia Judiciária (PJ).
A notícia foi avançada pelo Diário de Notícias. A decisão foi dada pelo juiz de julgamento e terá tido em conta a colaboração de Rui Pinto com as autoridades judiciais, segundo o meio de comunicação.
O criador da plataforma Football Leaks vai voltar a ter acesso à internet, após o mesmo lhe ter sido proibido pela juíza de instrução criminal Cláudia Pina. Rui Pinto terá de se apresentar uma vez por semana na PJ.
Rui Pinto esteve em prisão preventiva entre o dia 22 de março de 2019 e 8 de abril de 2020, estando desde essa altura em prisão domiciliária. Na altura em que foi preso preventivamente, a juíza de instrução criminal, Margarida Alves, justificou a medida com a inversão da postura do arguido, que passou a apresentar “um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça” e, por outro, dizendo que as fronteiras se encontravam sujeitas a elevados controles devido à pandemia de Covid-19, razão pela qual entendeu “que se mostrava reduzido o perigo de fuga”.
No início de junho deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público (MP) e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro deste ano, que pronunciou (levou a julgamento) Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do Ministério Público (MP): 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão.
Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Plataforma Score e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.
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