INE vê “redução menos intensa da atividade económica” em julho
O INE divulgou esta quarta-feira a síntese económica de conjuntura de julho e os números confirmam que a recuperação continua. É identificada uma "redução menos intensa da atividade económica".
A economia portuguesa continuou em julho a recuperar gradualmente da crise pandémica após as fortes quedas da atividade em abril, mostrando agora sinais de que há uma “redução menos intensa da atividade económica”. Os dados constam da síntese económica de conjuntura de julho divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A informação disponível revela uma contração menos intensa da atividade económica em julho, quando comparada com o mês anterior“, lê-se no destaque divulgado pelo gabinete de estatísticas, onde se refere que o indicador de clima económico aumentou entre maio e julho, após ter atingido em abril o valor mínimo da série. A recuperação foi transversal a todos os setores de atividades, mas foi mais significativa na indústria transformadora.
No caso dos consumidores, o indicador de confiança diminuiu em julho, invertendo da recuperação registada em maio e junho. O mesmo acontece na Zona Euro com a confiança dos consumidores europeus a deteriorar-se em julho, apesar de o indicador de sentimento económico ter continuado a recuperar.
Há um mês, quando divulgou a síntese económica de conjuntura de junho, o INE ainda identificava uma “redução intensa” da atividade económica nesse mês.
Esta evolução registada pelos indicadores de clima económico e de atividade económica está em linha com o resultado do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), promovido pelo INE e Banco de Portugal, em que “os resultados apontam para uma melhoria da situação das empresas na primeira quinzena de julho”. A melhoria é também visível no indicador do consumo privado e do investimento.
“O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, já disponível para julho, recuperou entre maio e julho, após a maior redução da série em abril face ao mês anterior e que originou um novo mínimo”, acrescenta ainda o INE.
Indústria transformadora lidera recuperação
Entre os setores, a indústria transformadora é a que mais se destaca na recuperação económica. “O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou entre junho e julho, recuperando parcialmente das diminuições observadas nos quatro meses anteriores, que resultaram no mínimo histórico da série atingido em maio”, explica o INE, referindo que a evolução positiva deve-se a todas as componentes (stocks, procura e produção).
O setor da construções e obras públicas também recuperou, refletindo “o significativo contributo positivo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego”. No comércio, houve um aumento “expressivo” das opiniões sobre o volume de vendas, interrompendo as perspetivas negras que marcavam o indicador desde abril.
No caso dos serviços, “o comportamento do indicador no último mês resultou do contributo positivo de todas as componentes, perspetivas sobre a evolução da procura, opiniões sobre a atividade da empresa e apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas”.
(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)
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