Holding da família Azevedo já pediu à CMVM registo das OPA sobre a Sonae Capital e Sonae Indústria
Efanor Investimentos lançou duas ofertas públicas gerais e voluntárias sobre a Sonae Capital e sobre a Sonae Indústria no final do mês passado. Regulador está neste momento a avaliar a documentação.
A holding da família Azevedo já pediu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o registo das duas ofertas públicas de aquisição (OPA) sobre a Sonae Capital e a Sonae Indústria. O anúncio preliminar foi feito no final do mês passado e o regulador está neste momento a analisar o prospeto para a aprovação final.
Foi a 31 de julho que a holding Efanor Investimentos fez o anúncio preliminar de duas ofertas públicas gerais e voluntárias: uma sobre a Sonae Capital e outra sobre a Sonae Indústria. Depois disso, “de acordo com o regime legal aplicável, o oferente dispõe de um prazo de 20 dias para requerer o registo da(s) oferta(s) junto da CMVM (incluindo a aprovação do(s) respetivo(s) prospeto(s)), pressuposto para que aquelas possam ter o seu início”, explica a CMVM ao ECO.
“Podemos confirmar que a CMVM já recebeu recentemente os pedidos de registo das OPA em causa. Nessa sequência, a CMVM dispõe de 8 dias para solicitar esclarecimentos e ou correções à documentação de cada oferta, prazo esse que se renova na sequência de cada interação com o oferente, até à aprovação final” refere o supervisor.
No caso da Sonae Capital, o grupo oferece uma contrapartida “a pagar em numerário” de 70 cêntimos por ação, o que representa um prémio de cerca de 46,8% face ao preço das ações antes do anúncio. Desde então, os títulos ganham 40% no índice PSI-20 para 0,674 euros cada. O objeto da OPA são os cerca de 37,2% de capital da Sonae Capital que a Efanor e empresas associadas ainda não controlam.
Já no caso da Sonae Indústria, objeto da OPA são os 31,4% de capital da Sonae Indústria que a Efanor e empresas associadas ainda não controlam e o grupo oferece uma contrapartida “a pagar em numerário” de 1,14 euros por ação, o que representa um prémio de cerca de 77%. Desde então, as ações cotadas no PSI Geral dispararam 68% para 1,11 euros por ação.
Tendo sucesso, a Efanor vai gastar 65 milhões de euros pela Sonae Capital e mais 16,2 milhões pela Sonae Indústria. Contas feitas, as duas operações poderão representar um investimento global superior a 82 milhões de euros. Ambas as ofertas têm uma cláusula de sucesso fixada em “mais de 90%” do capital das empresas e, caso se concretizem, tanto a Sonae Indústria como a Sonae Capital deixarão de estar cotadas na bolsa de Lisboa.
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