“É uma sensação de injustiça” ver Portugal sair do corredor aéreo britânico, diz Marcelo

O Presidente da República lamenta que o Algarve esteja a ser "injustamente punido", mas sublinha o facto positivo de Açores e Madeira continuarem a ser dispensados de quarentena.

O Presidente da República disse que sente “uma sensação de injustiça” por Portugal ter sido retirado dos corredores aéreos britânicos porque o país não fecha a entrada a outros que têm situações mais graves.

“Temos sempre uma certa sensação de injustiça, uma vez que não fechamos a entrada a países que têm situações bem mais difíceis e complicadas do que a nossa. E uma sensação de injustiça porque não se pode dizer que todo o território continental esteja na mesma situação”, sublinhou o Chefe de estado, frisando que esta sensação é “compensada pela alegria de Açores e Madeira não serem atingidos”.

Marcelo Rebelo de Sousa lamentou ainda pelo facto de o “Algarve ser muito punido por esta decisão”. “Injustamente punido por essa decisão”, enfatizou.

O Governo britânico anunciou esta quinta-feira a retirada de Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido. A decisão foi classificada como “uma profunda desilusão” e uma decisão “altamente lesiva” para a economia do Algarve e de Portugal, disse o presidente da principal associação hoteleira do Algarve, citado pela Lusa.

O Presidente espera que, “com o tempo, possa haver, o mais rápido possível, até em função das medidas anunciadas pelo Governo e a sua aplicação e a compreensão pelos portugueses, a ultrapassagem desta situação”. “Com uma pequena ajuda os portugueses podem facilitar a sua vida”, disse ainda numa referência às medidas anunciadas esta quinta pelo primeiro-ministro no final da reunião do Conselho de Ministros que decretou o estado de contingência no país a partir de 15 de setembro.

“A vida é feita disto”, relativiza Marcelo lembrando que o país de Gales e a Escócia já obrigavam ao cumprimento de quarentena desde a semana passada.

“Nestas situações críticas o que é preciso é resiliência e vamos ter de ser resistentes olhar para o futuro”, concluiu o Chefe de Estado

(Notícia atualizada com mais informação)

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