A cultura nas sociedades de advogados como elemento essencial de retenção
O nosso desiderato é cada vez mais colocarmos a nossa cultura como o centro à volta do qual tudo gira, tudo se decide e tudo se desenvolve. Tudo o resto, é uma consequência desta dinâmica.
Já muito se escreveu sobre esta temática. Quando, aparentemente, a nossa atividade é a mesma, dificilmente temos elementos que nos distinguem uns dos outros. Um escritório de advogados é um escritório de advogados. Uns são maiores do que os outros, mas são todos escritórios de advogados. Obviamente que numa análise muitíssimo simplista, estas afirmações não deixam de ser verdade. Não obstante, temos inúmeros fatores que nos distinguem uns dos outros e que faz com que o elemento mais importante de todo este ecossistema, que são as pessoas, optem por se querer associar a um determinado escritório. Estas “pessoas” vão desde a equipa de gestão, advogados até, naturalmente, aos clientes.
Este elemento distintivo, na minha conceção resume-se a uma única palavra. Cultura. Este pilar absolutamente essencial de qualquer organização tem de ser de tal maneira claro que deverá ser fácil a cada uma das pessoas que nela intervém, conseguir descrevê-la sem que para isso tenha que pensar.
Neste pilar assenta tudo aquilo que nos define enquanto organização. O espírito de equipa, a solidariedade, a transparência e seriedade, o caminhar lado a lado juntamente com os nossos clientes, o desafiarmo-nos permanentemente a sair da nossa zona de conforto e inovarmos sem ter receio de falhar, o sermos ambiciosos, mas sempre com respeito irrenunciável das regras do nosso mercado, são todos elementos estruturais da nossa sociedade.
Esta mesma cultura encontra-se permanentemente a levantar-nos novos desafios. Como em tudo na vida, por vezes questionamos se estamos no caminho certo, se esta “nossa” cultura é efetivamente distintiva. Como em todas as relações humanas, principalmente num processo de crescimento, existe a necessidade de ajustamentos. Num processo de crescimento, perdem-se pessoas, integram-se novas, reajustamos procedimentos, procuramos novas formações, tudo em prol de uma dinâmica imprescindível para não se cair num marasmo. As novas gerações, mas também as mais velhas, cada vez são menos adversas à mudança. Se tal fizer parte da cultura, é algo que não só é querido, como exigido. Quando olhamos para trás, a organização que hoje temos nada tem que ver com aquela que tínhamos há 5 anos. Daqui a 5 anos, estou convicto que poderei proferir a mesma afirmação. No entanto, quando fizermos um balanço se a cultura é a mesma, a resposta terá de ser necessária, e imperativamente positiva.
Em suma, o nosso desiderato é cada vez mais colocarmos a nossa cultura como o centro à volta do qual tudo gira, tudo se decide e tudo se desenvolve. Tudo o resto, é uma consequência desta dinâmica. Estamos num mercado altamente competitivo assim como maduro, pelo que o mais importante é estabelecer-se um modelo. Este é o nosso e é nele que acreditamos e que depositamos todas as nossas energias, por estarmos certos de que tal é o motor para tudo o resto.
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