StayAway Covid. Costa diz que houve “aumento significativo” de emissão de códigos de infetados
Costa assegura que não só houve, nos últimos dias, um aumento das pessoas a descarregar a StayAway Covid, como também subiu o número de códigos de infetados emitidos pelos médicos.
O primeiro-ministro, António Costa, garante que, nos últimos dias, não só aumentou o número de pessoas que descarregaram a StayAway Covid, como também subiu de modo “significativo” o número dos códigos de infetados emitidos pelos médicos para serem introduzidos na referida app de rastreio. Num “encontro” digital promovido pelo PS, o chefe do Executivo sublinhou que “há um grande desconhecimento” sobre essa ferramenta, o que justifica “grande parte da reação” à intenção do Governo de a tornar obrigatória em determinados contextos, como o laboral e o educativo.
“Houve um aumento exponencial, nestes dias, das descargas [da app] e houve um aumento de outra coisa: Houve um aumento muito significativo do número de códigos emitidos pelos médicos e do número de comunicações de alerta na rede do StayAway Covid e isso é muito importante que aconteça, porque não basta ter a aplicação. Se as pessoas com quem eu estou estão infetadas e não carregam o alerta, não o recebo. Se eu estiver infetado e não fizer o alerta, não alerto ninguém”, afirmou o primeiro-ministro.
Este sábado, o Público avançou, citando dados do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, que até ao momento só foram gerados 730 códigos de infetados para serem introduzidos na app.
Ao mesmo jornal, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) revelou, além disso, que há “alguma confusão” em volta destes procedimentos, tendo apontado alguns problemas na sua implementação: “Um dos problemas é que, muitas vezes, temos de ditar este código por telefone porque a pessoa está em casa. Outro é o facto de o código desaparecer depois de algum tempo”.
Na mesma linha, o presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (que coordena a app) defendeu, também em declarações ao Público, que é preciso alterar a forma de obtenção dos códigos.
De acordo com a legislação em vigor, cabe ao médico obter junto da plataforma Trace Covid o código que tem, depois, de ser introduzido pelos infetados com o novo coronavírus na app StayAway Covid de modo a que as pessoas que estiveram perto nos últimos 15 dias, por mais de 15 minutos e a uma distância inferior a dois metros, sejam alertadas. Esse processo está a registar, no entanto, alguns problemas, garantem várias vozes.
Além disso, esta semana, o Governo entregou no Parlamento uma proposta de lei que torna obrigatória a instalação da StayAway Covid em determinados contextos, como o laboral e o educativo.
António Costa explicou, contudo, este sábado, que tal não significa que as forças de segurança poderão pedir aos portugueses para “abrir a mala e mostrar o telemóvel”. “Isso não faz sentido”, declarou o primeiro-ministro, referindo que “grande parte da reação” é justificada por um “grande desconhecimento sobre a app“.
Questionado sobre o Orçamento do Estado para 2021, o chefe do Executivo frisou que a proposta só chumbará se o Bloco de Esquerda e o PCP “somarem os seus votos à direita”. E não excluiu um Orçamento Retificativo no próximo ano, se a evolução da pandemia e da recuperação económica a isso obrigarem.
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