Arábia Saudita põe Brent acima dos 56 dólares
As declarações do ministro da Energia saudita de que o mercado vai voltar ao equilíbrio este ano estão a impulsionar o Brent. Os preços estão a negociar acima dos 56 dólares.
O acordo dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção de petróleo animou os preços do petróleo. Mas as cotações não têm sido capazes de se manter acima da fasquia dos 55 dólares. Mas hoje parece que a tendência está a mudar. O Brent segue acima dos 56 dólares depois de a Arábia Saudita ter dito que os cortes dos produtores dentro e fora do cartel vão equilibrar o mercado até junho.
Foi em novembro que a OPEP e outros 11 países conseguiram chegar a acordo para reduzir a produção do “ouro negro”. E, desde então, os preços do Brent dispararam, apesar de não conseguirem manter-se de forma sustentada acima dos 55 dólares. Mas as declarações do ministro saudita parecem estar a mudar essa tendência. Os preços do Brent seguem em alta de 1,41% para 56,65 dólares por barril, ao passo que o WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 1,72% para 53,27 dólares.
De acordo com a Bloomberg, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, diz que a OPEP não deve precisar de prolongar o acordo definido entre os países produtores de petróleo para reduzir a produção do “ouro negro”. O reequilíbrio do mercado petrolífero deve acontecer até ao final da primeira metade do ano, referiu o ministro saudita aos jornalistas, num evento em Abu Dhabi. A procura vai aumentar no verão e a OPEP quer ter a certeza de que os mercados estão preparados para responder, explica Khalid Al-Falih.
“A decisão da OPEP e dos países fora do cartel de cortar a produção até 1,8 milhões de barris por dia vai fundamentalmente alterar o equilíbrio entre a procura e a oferta em 2017“, dizem analistas da Sanford C. Bernstein.
A Arábia Saudita vai reunir-se com os outros membros da OPEP em maio, na reunião semestral em Viena, para avaliar o mercado e a política de produção do cartel. Os países da OPEP também vão juntar-se aos produtores fora do cartel no final deste mês para avaliarem se o acordo está a ser cumprido.
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