Procura por portáteis dispara com a pandemia. Tocou máximos de 12 anos em Portugal
Portugal importou 52,97 milhões de euros em computadores portáteis em junho, um pico explicado pelo ajuste da sociedade e das empresas às condições da pandemia. Na UE, bateram recorde em abril.
As importações de computadores portáteis em Portugal atingiram um pico em junho deste ano, de 52,97 milhões de euros, depois de terem afundado em fevereiro para mínimos de 2016, mostram dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. É o valor mais alto em mais de uma década, depois de as importações terem alcançado os 69,9 milhões de euros em dezembro de 2008.
Estes valores nacionais incluem tanto as importações intra e extracomunitárias. A recuperação no mercado é evidente, tendência que é explicada pelas mudanças nos hábitos de consumo provocadas pela pandemia.
“À medida que os países se foram ajustando à crise, mais pessoas precisaram de trabalhar ou de estudar a partir de casa, assim como de recorrer a reuniões virtuais para contactarem com amigos e família”, justifica o organismo oficial de estatística da União Europeia.
Importações globais de portáteis em Portugal
Fonte: Eurostat
Segundo o Eurostat, as exportações de portáteis geralmente atingem picos em novembro na União Europeia (UE), em antecipação do período de compras do Natal. Porém, este ano, com o impacto da pandemia, o pico das importações extracomunitárias no bloco verificou-se em abril, mês em que foi alcançado um máximo histórico de 2,89 mil milhões de euros.
Incluindo tanto as importações intracomunitárias como as extracomunitárias, Portugal foi o oitavo país da UE a registar o maior aumento nas importações entre janeiro e julho de 2020, comparativamente com o mesmo período de 2019. O crescimento nas importações (em valor monetário) foi de 22%. A Roménia registou o maior aumento, de 38%, enquanto a Estónia foi o único país a registar um decréscimo, de 0,3%.
“A China correspondeu a cerca de 90% das importações extracomunitárias de portáteis em 2019 e 2020. As importações da China aumentaram 19%, de 12,1 mil milhões nos primeiros sete meses de 2019, para 14,4 mil milhões de euros em 2020. No top seis das origens das importações, apenas o Vietname registou um aumento maior”, de cerca de 500 milhões de euros para 600 milhões de euros, aproximadamente.
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