Viagens dos portugueses caíram 65% em plena pandemia
Em plena pandemia, os portugueses viajaram 65% menos face ao período homólogo, num total de dois milhões de viagens. As deslocações para o estrangeiro praticamente não existiram.
Entre abril e junho, em plena pandemia, os portugueses viajaram 65% menos do que no mesmo período do ano passado, num total de dois milhões de viagens. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a queda foi ainda maior nas deslocações ao estrangeiro, que afundaram mais de 90% e praticamente não existiram, devido às restrições impostas pela pandemia.
Foram realizadas dois milhões de viagens no segundo trimestre do ano, o que correspondeu a um decréscimo de 64,9%. Para o INE, esta evolução é explicada com o “impacto da pandemia, a declaração do estado de emergência no mês de abril e do estado de calamidade no mês de maio que impuseram medidas de confinamento contribuíram para o decréscimo observado”.
Evolução mensal do número de viagens turísticas dos residentes
Contudo, apesar desta redução, observou-se um “aumento muito significativo do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas”, sobretudo nos meses de abril (oito noites) e maio (5,41 noites).
Numa análise por destinos, neste mesmo período, 99,4% das deslocações dos portugueses corresponderam a viagens em território nacional, o equivalente a uma diminuição de 59,1% face a igual período do ano anterior. No que diz respeito às viagens turísticas com destino ao estrangeiro, estas “foram praticamente nulas”, representando 0,6% do total, num total de 12.400, refere o INE.
Na hora de fazer as malas e “partir”, a principal motivação dos portugueses foi viajar por motivos de “lazer, recreio ou férias”. Por estas razões foram feitas 1,1 milhões de viagens, o equivalente a uma redução de 61,1% face ao mesmo trimestre do ano passado. Ainda assim, esta categoria viu a sua representatividade aumentar para 53,8% do total. Outra das principais motivações foi visitar familiares ou amigos (686.600 viagens, 34,9% do total).
No que diz respeito ao alojamento, o alojamento particular gratuito, como a casa de familiares e amigos, manteve-se como “a principal opção de alojamento”, concentrando 84,2% das dormidas. Os hotéis e similares concentraram 10,8% do total.
(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)
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