“Temos de ser mais ambiciosos nos apoios ao emprego e às empresas”, diz Pedro Siza Vieira
O ministro Pedro Siza Vieira diz que o país tem de controlar o número de contágios ao mesmo tempo que se mantém no "percurso de retoma da atividade económica".
O ministro da Economia defende que é preciso que o Governo seja “mais ambicioso” nos apoios ao emprego e às empresas. Em declarações aos jornalistas, Pedro Siza Vieira sublinhou, esta sexta-feira, que o país tem de controlar o número de contágios ao mesmo tempo que mantém o “percurso de retoma da atividade económica”.
“Aquilo que podemos sentir é que, se tivermos de fazer algumas contrações e se tivermos alguns dos nossos principais mercados de exportação — como a Alemanha, França ou Espanha — em situações de mais restrições de atividade, isso não vai ter um impacto positivo [na economia portuguesa]. Por isso é que temos de ser mais ambiciosos nos apoios que vamos dar ao emprego e às empresas“, disse o governante.
Em reação aos dados do crescimento económico nacional, o ministro da Economia frisou, por um lado, que é importante manter o foco na proteção do emprego, na preservação da capacidade produtiva das empresas e na proteção dos rendimentos das famílias. “Se nos mantivermos focados e unidos, com certeza conseguiremos uma retoma [económica] vigorosa”, afirmou.
Siza Vieira avisou, por outro lado, que é fundamental “gerir bem a situação sanitária” e conter o número de contágios, “de forma a preservar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”.
Tudo somado, o ministro considera ser muito importante “combinar bem” o esforço individual e coletivo contra a pandemia de coronavírus com os apoios ao emprego e às empresas. “O maior contributo que cada um dos cidadãos pode dar para a melhoria da situação económica e para o emprego é ser extremamente responsável e cauteloso na forma como se comporta”, acrescentou.
A propósito, o Executivo já admitiu prolongar para 2021 e aprofundar o apoio à retoma progressiva, regime desenhado para suceder ao lay-off simplificado e que permite aos empregadores em crise reduzir os horários de trabalho, em função das quebras de faturação, ao mesmo tempo que recebem da Segurança Social um apoio para o pagamento dos salários.
Os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo INE indicam que, no terceiro trimestre, o PIB português disparou 13,2%, face ao período entre abril e junho, mas caiu 5,8% em termos homólogos.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h03)
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