Orientem-se!
Se tudo correr como o planeado, Portugal deverá ter os primeiros tarifários 5G lá para março ou abril do próximo ano. Mas é um grande "se".
Se planeia comprar um telemóvel com 5G, então marque na agenda: se tudo correr como o planeado, Portugal deverá ter os primeiros tarifários lá para março ou abril do próximo ano.
Mas é um grande “se”. O regulador apresentou esta quinta-feira as regras do leilão que atribuirá as frequências às operadoras interessadas em explorar a tecnologia. Mesmo com alterações à proposta inicial, as regras não estão a agradar às principais operadoras.
A Altice Portugal, curiosamente, teve a postura mais moderada. Pelo menos, até ao momento. A Vodafone, por sua vez, teve a mais fundamentada: apresentou argumentos concretos para explicar porque é que considera que as regras continuam a ser “injustas”.
Mas a Nos foi mais além: confirmou logo que vai recorrer aos tribunais e à Comissão Europeia para “travar” um regulamento que considera ser “ilegal”.
Para o caro leitor ou leitora, todo este processo dirá muito pouco. Os consumidores querem é beneficiar das maravilhas da tecnologia quão rápido quanto possível. Assim como as empresas. E têm razão.
O 5G pode não ser um game changer numa primeira fase. Gasta muita bateria. Aquece os telemóveis. Os terminais ainda são caros. A velocidade da internet não é assim tão mais rápida. E só existirá cobertura num pequeno conjunto de cidades que já beneficiam de 4G, porque o primeiro 5G que Portugal verá é, na verdade, a quarta geração mascarada de quinta.
Mas nem por isso deixa de ser grande relevância para o futuro da nação. Por isso, se este leilão falhar, e o processo voltar a atrasar, não será apenas o Estado português a ter prestado um “mau serviço ao país”, como alegou uma das operadoras.
Será, na verdade, todo o setor a falhar aos portugueses – incluindo Governo, Anacom e operadoras. Faltou, e falta, coordenação.
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