Lagarde: Desigualdades estão a fomentar o populismo
A atual diretora do FMI falou em Davos sobre a necessidade de serem levadas a cabo reformas estruturais adaptadas a cada país para combater o crescente populismo nas nações.
Christine Lagarde, falou de uma “crise da classe média” em Davos, na Suíça. A diretora-geral do FMI apelou a uma maior distribuição da riqueza, salientando que só assim se conseguirá dar uma resposta aos avanços populistas que se fazem sentir em todo o mundo.
Lagarde, atualmente à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que os políticos têm de “pensar naquilo que tem de ser feito” para dar uma resposta às desigualdades que estão a alimentar o populismo, num painel moderado por Francine Lacqua, da Bloomberg. Entre as medidas que podem ser adotadas, Lagarde salientou as reformas estruturais.
Mas estas reformas precisam de ser “regionais”, adaptadas às necessidades de cada país. Têm, diz Lagarde, de ser “focadas naquilo que os cidadãos vão beneficiar e que, provavelmente, significará uma maior redistribuição do que aquela que existe neste momento”.
A diretora, citada pela Bloomberg, referiu, durante o painel intitulado “Desgastado e com raiva: como resolver a crise da classe média”, que as excessivas desigualdades existentes são uma lacuna no crescimento sustentável das nações.
Um dos pontos em discussão no durante o encontro que junta líderes políticos, grandes empresas e artistas mundiais, tem sido também a forma como devem ser encaradas as consequência económicas e políticas que estão a alimentar o crescimento do populismo.
O populismo ficou patente nos resultados das eleições norte-americanas, que fizeram de Trump o vencedor na corrida à Casa Branca, em novembro, e que em junho, com o Brexit, levaram o Reino Unido, no referendo, a votar pela saída da União Europeia.
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