Estado de emergência pode “condenar” hotelaria e restauração, diz AHRESP
Representantes da hotelaria, restauração e similares vão exigir ao primeiro-ministro "medidas compensatórias que sejam proporcionais e adequadas aos sacrifícios".
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) disse, esta segunda-feira, que o novo estado de emergência pode “condenar” o setor e vai endereçar uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a exigir medidas compensatórias “proporcionais e adequadas”.
Em comunicado, a AHRESP diz que o “novo estado de emergência pode condenar restauração, similares e alojamento turístico” ao proibir a circulação na via pública nos 121 concelhos de risco, diariamente entre as 23h00 e as 05h00 e aos sábados e domingos entre as 13h00 e as 05h0.
A associação vai endereçar uma carta aberta ao primeiro-ministro, a dar conta da situação e “exigindo medidas compensatórias que sejam proporcionais e adequadas aos sacrifícios” que, segundo considera, estão a ser impostos às empresas do setor.
“Apesar de não incidir diretamente sobre os horários dos estabelecimentos, esta determinação acaba por impedir o respetivo funcionamento por ausência de clientes, principalmente aos fins de semana, que correspondem a uma parte substancial das suas receitas”, explica a AHRESP.
“Por outro lado, inexplicavelmente, permite-se as deslocações aos supermercados e mercearias, mas não aos nossos estabelecimentos”, continua a associação.
Portugal continental entrou esta segunda-feira em estado de emergência, pela quarta vez desde o início da pandemia de covid-19, estando em vigor um conjunto de medidas, algumas apenas aplicáveis aos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus.
O estado de emergência está em vigor até às 23h59 do dia 23 de novembro. Portugal contabiliza pelo menos 2.959 mortos associados à Covid-19 em 183.420 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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