Mecanismo de Resolução avisa bancos para risco do malparado
Em entrevista ao FT, Elke König diz esperar uma deterioração da qualidade do ativos no primeiro semestre de 2021 e incentiva as instituições financeira a precaverem o mais cedo possível essa situação.
Os bancos europeus devem preparar as folhas de balanço para o risco de que o impacto da pandemia na economia venha a ter na qualidade dos ativos ao longo do próximo ano, segundo avisa a diretora do Mecanismo Único de Resolução, em entrevista ao Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Elke König espera um agravamento no primeiro semestre de 2021 e deixa uma mensagem à banca: “O melhor a fazer neste momento é tratar do assunto cedo, porque depois é navegar no nevoeiro”.
A responsável pelos processos de resolução de bancos europeus alerta para um ressurgimento do crédito malparado em consequência da pandemia. König considera que é, no entanto, ainda cedo para avaliar quão grave será a situação dos non-performing loans (NPL) já que irá depender da dimensão da quebra e ritmo de recuperação. Sublinha ainda que, para já, as políticas de apoio público, como as moratórias, estão a “escudar” os clientes bancários, diz ao FT.
O Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE) defendeu a hipótese de se estabelecer a nível europeu uma rede de entidades gestoras de ativos ou “bancos maus”. A diretora do Mecanismo Único de Resolução rejeita a hipótese, considerando que são as entidades financeiras que têm de fazer um trabalho intensivo na distinção entre empréstimos viáveis e não viáveis.
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