Sonae valoriza 4% em bolsa após apresentar resultados
O PSI-20 reagiu, nas últimas sessões, em forte alta às notícias dos avanços no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. Esta quinta-feira negoceia em terreno negativo, penalizada pela Galp.
Após três sessões a cavalgar o entusiasmo dos investidores perante o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, a bolsa de Lisboa perdeu fôlego esta quinta-feira em linha com as pares europeias. O PSI-20 negoceia, às 10h00, com um deslize de 0,12% para 4.340,91 pontos, com 12 das 18 cotadas no vermelho e a ser especialmente penalizado pela energia e banca.
Sem surpresas, as cotadas mais beneficiadas nos últimos dias são as que registam agora as maiores quedas. A Galp Energia recua 2,8% para 8,60 euros por ação e a EDP perde 0,3% para 4,57 euros. Também o BCP recua 1% para 0,0943 euros, numa altura em que a banca está entre os piores performers na Europa, em termos setoriais, ao perder 2%.
A Nos recua 0,07% para 2,856 euros, numa desvalorização que se junta ao tombo de 6,6% da última sessão registado depois de o Barclays ter cortado a recomendação da ação para underweight (do anterior equalweight) por considerar que o compromisso da Masmovil em entrar no espetro 5G em Portugal terá um impacto negativo nos players existentes e que a contestação do leilão deverá demorar.
Apesar de ter iniciado a sessão em baixa, a EDP Renováveis recuperou nas primeiras horas de negociação e avança 2%, tendo já renovado máximos de sempre, ao tocar os 17,90 euros por ação. A Mota-Engil e a Novabase valorizam 1,45% e 0,3%, respetivamente.
Da mesma forma, também a Sonae segue em forte alta, com um ganho superior a 4% para 0,618 euros por ação após ter apresentado resultados. A retalhista teve prejuízos de 24 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um valor que ficou, ainda assim, aquém do registado no primeiro semestre. É uma melhoria que traduz um desempenho positivo no período do verão, em que lucrou 51 milhões, beneficiando de um crescimento de quase 6% nas receitas.
Com a EDP Renováveis e a Sonae a ajudarem, a bolsa de Lisboa diminuiu as perdas da abertura, ao contrário das restantes praças europeias, onde as ações aliviam dos máximos de oito meses que alcançaram com a perspetiva de fim da pandemia. O agravamento do número de infeções continua a penalizar o sentimento e a presidente do Banco Central Europeu (BCE) Christine Lagarde alertou, esta quarta-feira, que — apesar de encorajadora — a vacina não garante a recuperação económica.
O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,3%, enquanto o francês CAC 40 perde 0,7%, o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX 35 cedem 0,5% e o alemão DAX desvaloriza 0,4%. Em termos empresariais, o destaque está na alemã Siemens que tomba 2,7% após ter apresentado resultados.
(Notícia atualizada com novas cotações às 10h00)
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