Vacina acelera bolsas europeias. BCP e Galp brilham em Lisboa
Depois da Pfizer, a Moderna também anunciou resultados promissores quanto à eficácia da vacina que está a criar contra a Covid-19. Ganhos nas bolsas europeias chegaram aos 1,3%. Lisboa subiu 1,35%.
Depois da Pfizer, a vacina experimental que está a ser desenvolvida pela Moderna deu uma injeção de confiança às bolsas europeias. Com os testes clínicos da farmacêutica norte-americana a garantirem que há uma eficácia de quase 95%, é mais um passo para o fim dos confinamentos e restrições, aumentando, assim, a expectativa relativa a uma recuperação económica. A perspetiva de regresso à normalidade deu ânimo aos investidores, com as praças europeias a avançarem 1,3%. Lisboa acompanhou a tendência, à boleia do BCP, a disparar mais de 6%, e da Galp Energia a avançar 5,62% .
Uma semana depois da Pfizer ter anunciado que a futura vacina contra a Covid-19 tem um eficácia de 90%, a Moderna também demonstrou resultados promissores. A farmacêutica anunciou que, nos testes de Fase 3 (em que 90 pacientes receberam placebo e cinco a vacina), a eficácia foi de 94,5%, estando a planear pedir ao regulador dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), uma autorização de uso de emergência nas próximas semanas.
Neste contexto, as praças europeias repetem os ganhos da segunda-feira anterior, ainda que com menos intensidade. Na Europa, o Stoxx 600 avançou 1,3%, o alemão DAX ganhou 0,5%, o britânico FTSE 100 subiu 1,7% a par com o francês CAC-40, e o espanhol Ibex-35 valorizou 2,6%. Neste contexto, o setor financeiro (2,35%), da energia (3,85%) e das viagens (2,41%) foram alguns dos que mais avançaram nas bolsas europeias, já que foram também dos mais castigados com os efeitos da pandemia.
Lisboa acompanhou a tendência vivida nas restantes praças europeias, com o PSI-20 a fechar a primeira sessão da semana a ganhar 1,35% para os 4.426,33 pontos. Na praça nacional, o BCP e a Galp Energia foram as “estrelas” da sessão. O banco liderado por Miguel Maya — que ultrapassou esta manhã os 10 cêntimos por ação pela primeira vez em mais de dois meses — disparou 6,2% para 10,57 cêntimos, a acompanhar a banca europeia. Ao mesmo tempo, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva valorizou 5,62% para os 9,136 euros.
A petrolífera portuguesa beneficia da recuperação da cotação do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, de referência europeia, avança 3,2% para os 44,15 dólares, ao passo que o WTI está a ganhar 3,36% para os 41,48 euros, em Nova Iorque.
Assim, os títulos mais expostos ao exterior foram, naturalmente, os que mais valorizaram. A Mota-Engil ganhou 6,13% para os 1,3160 euros. No setor da pasta e do papel, a Navigator avançou 4,33%, a Altri somou 3,84% e a Semapa valorizou 4,05%.
Nota positiva ainda para os CTT que subiram 5,52% para 2,295 euros, num mecanismo de correção, das perdas registadas nos últimos dias. Nota positiva ainda para a Ibersol, cujas ações avançaram 7,44% para os 4,62 euros, a maior valorização do índice de referência nacional.
Em contraciclo, a evitar ganhos mais expressivos do PSI-20, estiveram as ações da Nos e da família EDP. A operadora de telecomunicações cedeu 1,64% para os 2,874 euros, ao mesmo tempo a EDP Renováveis desvalorizou 1,15% para os 17,18 euros, enquanto a “casa-mãe” cedeu 0,86% para os 4,507 euros. Ainda no setor energético, a REN recuou 0,85% para os 2,32 euros.
(Notícia atualizada pela última vez às 17h08)
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