Pandemia atira easyJet para prejuízos de 1.418 milhões, os primeiros da história

A companhia aérea britânica registou prejuízos pela primeira vez na sua história, naquele que é um ano marcado pela pandemia. Número de passageiros caiu para metade.

A pandemia está a marcar o ano de todas as empresas, especialmente as do setor da aviação. Exemplo disso é a easyJet, que registou prejuízos de 1.273 milhões de libras (1.418,69 milhões de euros) entre janeiro e setembro, num período em que o número de passageiros caiu 50%. Apesar de antecipar uma quebra de 20% nos voos para o primeiro trimestre de 2021, o CEO da companhia britânica mostra-se confiante quanto ao futuro.

As receitas da easyJet caíram 52,9% para 3.009 milhões de libras (3.353,38 milhões de euros), refere a companhia low-cost, em comunicado. Depois de o número de passageiros ter recuado 50% para 48,1 milhões, também as receitas por assento/lugar diminuíram 10,6% para 54,35 libras (60,57 euros).

A capacidade aérea da empresa nos primeiros nove meses do ano caiu 47,5% e, com base nas atuais restrições às viagens, “a easyJet espera voar 20% abaixo da capacidade planeada para o primeiro trimestre de 2021”. Apesar disso, o CEO Johan Lundgren destaca que “será mantida a flexibilidade para aumentar rapidamente [a capacidade] quando a procura regressar”.

Para fazer face ao impacto provocado pela pandemia na atividade e nas contas, a empresa financiou-se em 3.100 milhões de libras (3.454,79 milhões de euros). “Respondemos de forma robusta e decisiva [à crise], minimizando as perdas, reduzindo o consumo de caixa e lançando o maior programa de redução de custos e reestruturação da nossa história”, refere o responsável, que se diz “extremamente orgulhoso”.

A pandemia levou a companhia aérea a encerrar as bases aéreas de Southend, Stansted e Newcastle, no Reino Unido, mas em contrapartida já anunciou a abertura de duas novas bases sazonais na primavera de 2021: uma em Málaga (Espanha) e outra em Faro.

Atualmente com 342 aviões, 11 a mais do que ano passado, a empresa diz estar “fortemente posicionada para ser líder na recuperação da indústria aeronáutica europeia”, lê-se no comunicado. “A easyJet não apenas resistiu ao impacto da pandemia, como agora tem uma base sem paralelo sobre a qual poderá emergir mais forte da crise. A nossa incomparável rede de curta distância e marca confiável farão com que os clientes escolham a easyJet quando regressarem aos céus”, afirma Johan Lundgren.

Esta segunda-feira, no dia em que foi anunciado o lançamento da segunda vacina contra o coronavírus, a easyJet viu as reservas dispararem 50%. Em declarações à rádio BBC esta terça-feira, citado pela Reuters, o CEO adiantou que “só com essa notícia, as reservas na última segunda-feira subiram perto de 50%”. “Sabemos que no futuro as pessoas querem viajar”, sublinhou.

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