Mortágua ataca Centeno: “É um erro deixar Banco de Portugal governar no Terreiro do Paço”

Mário Centeno defendeu que apoios devem ser temporários e não podem ser massivos por causa da elevada dívida. A deputada do Bloco ataca governador e diz que ouvi-lo é "uma receita para o desastre".

Mário Centeno defendeu esta segunda-feira que os apoios públicos devem ser temporários e que a resposta do Governo à crise deve atuar “nas margens”, porque a elevada dívida pública torna “proibitiva” ajudas “massivas”. Mariana Mortágua não gostou do que ouviu e criticou o governador. “É um erro deixar Banco de Portugal governar no Terreiro do Paço”, disse.

“Quando a crise está no centro da vida coletiva, na Saúde e da Economia, responder pelas margens, como defende Centeno, é receita para o desastre. Os remendos do Governo não salvam o SNS e o emprego. É um erro deixar o Banco de Portugal governar no Terreiro do Paço“, afirmou a deputada do Bloco de Esquerda no Twitter.

Esse tweet é acompanhado do seu artigo de opinião publicado na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias (acesso livre) com o título: “Fantasmas de um Natal passado”.

Nesse artigo, Mariana Mortágua considera que o argumento usado pelo ex-ministro das Finanças na sua intervenção na 10.ª Conferência do Banco de Portugal, que teve lugar esta segunda-feira, tem a “mesmíssima matriz ideológica que, no passado, sustentou as políticas de austeridade e as reformas estruturais que castigaram o país“.

“Mário Centeno conforma-se com o pior cenário. E tudo em nome de uma preocupação – o aumento da dívida pública. Ora, a realidade já provou que a dívida é caprichosa e ingrata, que se alimenta do desemprego e da recessão. Políticas débeis, como aquelas sugeridas por Centeno, não conseguirão evitar essa deriva“, refere a dirigente bloquista.

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