Norte entre as regiões mais inovadoras da Europa da última década
Norte do país está entre as regiões mais inovadoras da Europa da última década. É a centésima região mais inovadora numa lista de 238.
O Norte do país está entre as regiões mais inovadoras da Europa da última década, nomeadamente quanto ao registo de marcas e design, investimento em máquinas e percentagem de pequenas e médias empresas com inovações tecnológicas, foi revelado esta quinta-feira.
Segundo o relatório Norte Estrutura, documento elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), esta foi a região de Portugal Continental que “mais convergiu” com a média da União Europeia (UE) em matéria de inovação, entre 2011 e 2019.
Entre este período, o Índice Global de Inovação do Norte aumentou de 83,3% para 92,7% da média da UE.
Assim, o Norte torna-se na centésima região mais inovadora da Europa entre as 238 regiões europeias.
Em termos nacionais, esta é a segunda região mais inovadora do país, atrás de Lisboa, atual líder nacional, refere o documento.
Este aumento a Norte contrasta com a estagnação observada na Área Metropolitana de Lisboa, que cresceu pouco mais de um ponto percentual de 93,4% para 94,6%, durante o mesmo período, refere a CCDR-N.
A região Norte assume um lugar entre as regiões mais inovadoras da UE devido às despesas de inovação (investimento em máquinas numa lógica de modernização), aos registos de marcas e de design e às percentagens das pequenas e médias empresas (PME) com atividades internas de inovação e com inovações tecnológicas, em termos de produtos e processos.
Em contrapartida, o Norte está “significativamente abaixo” da média da UE no que diz respeito ao registo de patentes, às percentagens da população dos 30 aos 34 anos com formação no ensino superior e do emprego em setores de alta e média-alta tecnologia e a cooperação das empresas com a ciência, refere a CCDR-N.
“Do ponto de vista do comércio internacional de bens classificados de acordo com o seu grau tecnológico, a região do Norte observou uma alteração gradual na especialização internacional com a proporção de bens de média tecnologia a aumentar de 21,7% para 28,5% do total entre 2005 e 2019, sobretudo por via do forte dinamismo do cluster do ramo automóvel”, sublinha o relatório.
Ainda assim, as principais exportações continuam a ser de produtos de baixa tecnologia, que representavam 41,8% do total em 2019.
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