INE vê “alguma recuperação” no movimento dos aeroportos nacionais no terceiro trimestre
O Instituto Nacional de Estatística (INE) identificou "alguma recuperação" no movimento dos aeroportos nacionais no terceiro trimestre. Ainda assim, a queda homóloga é de 71,5%.
Após um segundo trimestre em que os aeroportos nacionais estiveram quase desertos, os meses de verão trouxeram “alguma recuperação” para o setor da aviação, mas a atividade continua bastante abaixo dos valores dos anos anteriores. Face ao terceiro trimestre de 2019, a queda ainda é de 71,5%, “níveis muito baixos”, classifica o gabinete de estatísticas.
“No 3º trimestre de 2020, os aeroportos nacionais movimentaram 5,4 milhões de passageiros, evidenciando alguma recuperação (-71,5%; -97,4% no segundo trimestre de 2020)“, escreve o Instituto Nacional de Estatística (INE) no destaque divulgado esta quarta-feira. O número de passageiros recuperou menos do que o número de voos, o que sinaliza que a taxa de ocupação esteve abaixo do normal.
No mesmo período, aterraram 32,1 mil aeronaves em voos comerciais nos aeroportos comerciais, o que representa uma queda homóloga de 52,9%, comparando com uma redução de 91,1% no segundo trimestre.
O transporte de carga, que não caiu tanto durante o primeiro confinamento, também recuperou: “O movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais ascendeu a 32,4 mil toneladas (-39,0%, -57,4% no trimestre anterior), tendo o conjunto embarcado diminuído 40,9% (-62,1% no 2ºT 2020) e o desembarcado decrescido 36,9% (-52,6% no 2ºT 2020)”, detalha o INE.
Por aeroportos, o de Lisboa continua a ser o maior com 2,1 milhões de passageiros, mas é o mais afetado em termos percentuais, registando uma quebra homóloga de 76,9% no terceiro trimestre. No caso do aeroporto do Porto, que movimentou 1,4 milhões de passageiros, o decréscimo é de 64,2% e no caso do de Faro, que movimento um milhão de passageiros, a quebra é de 64,2%. No Funchal (Madeira) a descida é de 69,4% e em Ponta Delgada (Açores) de 65,1%.
“Analisando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente no 3º trimestre de 2020, e comparando com o período homólogo, mantém-se visível o impacto da pandemia Covid-19 e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo“, conclui o INE, assinalando que “os valores registados no 3º trimestre de 2020 encontram-se significativamente abaixo dos registados no período homólogo, apesar da ligeira recuperação no mês de agosto”.
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