Governo vai gastar até 200 milhões a comprar vacinas contra a Covid-19

"Aquilo que estimamos que possa vir a ser o montante global associado às vacinas para o nosso país poderá atingir os 200 milhões de euros", disse Marta Temido. O processo será longo, alertou.

O Governo estima investir 200 milhões de euros na aquisição de vacinas contra a Covid-19. O plano nacional de vacinação só vai ser conhecido quinta-feira, mas a ministra da Saúde revelou que o processo será universal, gratuito e facultativo. Marta Temido sublinhou que as vacinas serão ministradas no SNS e alertou que “o processo será longo”.

“Aquilo que estimamos que possa vir a ser o montante global associado às vacinas para o nosso país poderá atingir os 200 milhões de euros e, como sabem, ultrapassar as 22 milhões de doses de vacinas”, disse Marta Temido, à saída da reunião do Governo com a task-force criada para elaborar o plano de vacinação contra a Covid-19, em declarações transmitidas pelas televisões.

Numa altura em que a Pfizer e a Moderna estão prestes a ver a vacina contra a Covid-19 ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento — a decisão será anunciada a 29 de dezembro — a ministra da Saúde veio colocar água na fervura quanto às “elevadas expectativas neste processo”. “Temos de ter, desde já, a perceção de que o processo de vacinação vai ser um processo longo, não vai ser um processo que se concretizará num único dia ou sequer num período de tempo muito curto”, alertou.

Quanto ao local de administração das vacinas, Marta Temido garantiu que será no Serviço Nacional de Saúde. “Será obviamente uma vacinação gratuita, facultativa e a realizar no Serviço Nacional de Saúde”, garantiu. Ao mesmo tempo, a responsável admite que o plano de vacinação deverá ser executado em duas fases. “Admitimos a possibilidade de dois cenários: num primeiro momento, onde haverá um contexto de maior escassez no acesso a vacinas e, portanto, à semelhança do que outros países tem estado a planear, será um cenário mais controlado”. De seguida, “admitimos que ao longo do ano de 2021 passemos para um cenário de maior abrangência“, com mais doses disponíveis e, “portanto, também maior expansão dos pontos de administração”, explicou.

Neste contexto, a ministra da Saúde sublinha que há ainda “muitas incertezas” relativamente a todo este processo, dado que “ainda não são conhecidos os resultados dos ensaios clínicos de fase III”, assim como incertezas relacionadas com os ensaios clínicos já publicados, que “são maioritariamente abrangentes de pessoas entre os 18 e os 55 anos de idade”, referiu, acrescentando que, como tal, ainda “não se conhece completamente a imunidade da vacinação” e que, por isso, estas vacinas não são recomendadas a “crianças e grávidas”.

Além disso, reiterou que a expectativa é que estas vacinas possam ser disponibilizadas “a partir do início do próximo ano” em Portugal e ” à semelhança do que vai acontecer noutros países da UE”, isto depois de terem luz verde da Agência Europeia do Medicamento. O comentador da SIC Luís Marques Mendes, já tinha revelado no domingo que Portugal vai receber 22 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. O Governo vai apresentar a primeira versão do plano de vacinação esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 2010)

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