Com máscara, sem partilha de objetos e espaços arejados. Como celebrar um Natal “seguro” em tempos de pandemia?
Caso disfrute da consoada ou o almoço de Natal com os seus familiares hà regras que pode cumprir para minimizar o risco de contágio da Covid-19. O ECO preparou um guião com várias sugestões.
O Governo decidiu dar um voto de “confiança” aos portugueses aliviando as medidas que vão ser aplicadas no período de Natal. Não obstante, Governo, especialistas e a própria Direção-Geral da Saúde (DGS) têm-se desdobrado em conselhos para que esta quadra seja passada com o menor risco de transmissão da Covid-19.
Da máscara, à partilha de objetos, passando pelo arejamento dos espaços, o ECO preparou um conjunto de medidas que deve ter em conta para minimizar os riscos de contágio da doença:
- Tal como consta nas 10 recomendações anunciadas pela DGS, devem ser cumpridas todas as regras que estejam em vigor nesta quadra, isto relativamente ao concelho, região ou a todo o território nacional;
- As pessoas a quem tenha sido determinado isolamento profilático ou que estejam infetadas devem permanecer em isolamento. Isto significa que pessoas com sintomas — tosse, febre, dificuldade respiratória, perda de paladar e olfato, cansaço ou dores no corpo — não devem estar presentes na consoada ou no tradicional almoço de Natal até que seja realizado um teste de despiste;
- Devem ser reduzidos ao máximo os contactos nos dias que em antecedem o Natal. Esta é apenas uma medida de precaução, com o intuito de evitar “todos os encontros não essenciais, por forma a reduzir o risco de adoecer e eventualmente não transmitir a doença”, explicou Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), ao ECO.
- Outro dos concelhos deixados por Ricardo Mexia diz respeito ao planeamento. As famílias devem planear antecipadamente o seu Natal. Dado que é particularmente importante reduzir o número de agregados familiares que se juntam, Ricardo Mexia, tal como outros especialistas, aconselha a que haja um desfasamento dos encontros. Nunca esquecendo que devem ser minimizados os contactos fora do agregado familiar com quem não coabita.
- Assim, em alternativa aos encontros familiares fora do agregado familiar presenciais, pode sempre optar por reuniões Zoom, Whatsapp ou outras plataformas digitais do género. Caso não seja possível, o ideal seria reunir-se com os seus familiares no exterior ou num espaço amplo e arejado.
- Nos encontros familiares, use sempre máscara, quer seja cirúrgica ou descartável, tirando-a apenas para o período das refeições. Se todos cumprirem esta regra o risco de transmissão do novo coronavírus baixa consideravelmente, já que são duas barreiras a evitar a transmissão de gotículas. Além disso, Ricardo Mexia sugere, por exemplo, utilizar este equipamento de proteção individual nas deslocações de carro em que se encontrem pessoas fora do seu agregado familiar.
- Deve ainda ser encurtado o período de exposição em todos os contactos realizados durante esta época festiva, principalmente à mesa. Nesta ocasião, se juntar pessoas de fora, sente os convidados por agregado familiar, de forma a distanciar ao máximo quem vive em casas diferentes, sugere o especialista em saúde pública. Por outro lado, Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa e antigo diretor-geral da Saúde, sugere que as famílias façam “as refeições em regime buffet“, o que permite ter um maior distanciamento do que se estiverem sentados à mesa.
- Nestes encontros não devem também ser esquecidas as outras três “regras de ouro” que têm vigorado durante a pandemia, isto é, o distanciamento social recomendado (de 1,5 a 2 metros), a etiqueta respiratória e a higienização das mãos. Esta última é particularmente importante cumprir quando manuseia alimentos ou bebidas para outras pessoas, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Nas reuniões familiares, a partilha de objetos, como copos ou talheres deve ser limitada. Ao mesmo tempo, a DGS aconselha a que não sejam consumidas substâncias que promovam “afetividades”.
- Deve ser promovido o arejamento dos espaços, sendo que o risco é menor em espaços maiores. Neste aspeto, deve-se dar prioridade à ventilação natural, isto é, através das janelas. Também as superfícies devem ser frequentemente desinfetadas.
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