Novo Banco vende malparado por 37 milhões de euros
O Novo Banco fechou a operação "Carter", a venda de uma carteira de malparado por 37 milhões de euros que teve um impacto marginalmente positivo nos resultados e no capital.
O Novo Banco vendeu uma carteira de ativos tóxicos contabilizados em termos brutos por 79 milhões de euros por cerca de 37 milhões, mas ainda assim registou um impacto marginalmente positivo nos resultados e no rácio de capital, porque já tinha provisionado parcialmente as perdas esperadas numa venda. A operação “Carter”, ao contrário de outras realizadas nos últimos dois anos, não inclui ativos (seja imobiliário ou outro tipo de financiamento) cobertos pela garantia do Fundo de Resolução.
Em nota publicada no site da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco revela que “celebrou a venda de uma carteira de créditos não produtivos (non-performing loans) e ativos relacionados (no seu conjunto, Projeto Carter), com um valor contabilístico bruto de 79 milhões de euros à AGG Capital Management Limited e à Christofferson, Robb & Company, LLC”.
“O valor de venda da carteira ascendeu aproximadamente a 37 milhões de euros, sendo que a concretização da operação face ao valor líquido terá um impacto direto positivo, ainda que marginal, na demonstração de resultados e no capital do Novo Banco”.
A carteira agora vendida inclui cerca de 12.000 empréstimos, sem cobertura pelo chamado Mecanismo de Capital Contingente que ainda tem 900 milhões de euros passíveis de serem utilizados pelo Novo Banco.
Como o ECO já tinha revelado, António Ramalho pretendia avançar com o projeto de “Nata 3”, que incluiria ativos não produtivos que estão protegidos pela garantia pública e por um valor contabilístico bruto superior a mil milhões de euros, mas a polémica em torno das operações de venda de crédito, particularmente o imobiliário, levou o Fundo de Resolução, liderado por Luís Máximo dos Santos, a travar essas intenções.
Nesse contexto, o presidente executivo do Novo Banco avançou para uma nova operação, revista e reduzida, denominada de projeto “Carter”, numa referência ao jogador de râguebi da Nova Zelândia Dan Carter, considerado um dos melhores do mundo.
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