BCP: ações caem 3%, direitos afundam mais de 5%

Banco liderado por Nuno Amado continua numa montanha-russa numa altura em que tem em curso um aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros.

As ações do BCP cedem mais de 3% e os direitos do aumento de capital afundam mais de 5% esta manhã em Lisboa, com ambos os títulos a corrigirem da valorização expressiva observada na sessão de segunda-feira.

Enquanto as ações do banco desvalorizam 3,25% para 0,153 euros, os direitos que garantem a subscrição de 15 novas ações tombavam 5,57% para 0,83 euros.

Cada direito permite a subscrição de 15 novas ações ao preço de 9,4 cêntimos. Ao preço atual, cada nova ação (emitida no âmbito do aumento de capital no valor de 1.300 milhões) está a ser negociada ao preço de 5,533 cêntimos mais os 9,4 cêntimos de subscrição, totalizando assim os 0,1493 euros. Ou seja, neste momento, comprar as novas ações fica 2,4% mais barato (ou cerca de 0,4 cêntimos) do que comprar as atuais estão no mercado. Consulte aqui a calculadora do ECO para otimizar a sua estratégia de investimento no aumento de capital.

De acordo com o calendário da operação, tem até dia 30 de janeiro (próxima segunda-feira) para negociar estes direitos, sendo que o período de subscrição termina a 2 de fevereiro (quinta-feira).

Direitos em linhas tortas

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

O banco liderado por Nuno Amado vai emitir 14 mil milhões de novas ações no aumento de capital que visa reembolsar a ajuda do Estado de forma antecipada e ainda reforçar os rácios de capital do banco. A operação de reforço financeiro termina no início do próximo mês e contará com a participação da Fosun, o grupo chinês que detém cerca de 16,7% do capital do BCP, mas que pretende atingir uma posição de 30%. Também a Sonangol deverá ir ao aumento de capital.

Em declarações ao ECO, o histórico acionista Joe Berardo também manifestou a sua intenção em participar na operação. Disse que se trata de um bom negócio e uma decisão final deverá surgir até final da semana.

É uma boa oportunidade para entrar no capital do BCP? “Eu acho que sim. O banco fica bem, fica com uma base forte. Não fica com posições minoritárias muito dispersas. Fica com capital de uma superpotência, o que é bom”, respondeu Joe Berardo, do grupo Berardo que deixou de ser acionista qualificado após o aumento de capital do BCP realizado em julho de 2014. “Tem de ser um bom negócio. Este aumento de capital é substancialmente alto para esta época. Mas acho que é bom”, reforçou o comendador.

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