Joana Gomes dos Santos é sócia da Caiado Guerreiro desde 2014, mas a sua história na firma começou em 2004, enquanto estagiária. À Advocatus contou todos os pormenores do seu percurso.
Joana Gomes dos Santos é sócia da Caiado Guerreiro, desde 2014, mas foi no ano de 2004 que o seu percurso profissional se iniciou. A advogada centra a sua prática nas áreas de bancário, financeiro, mercados de capitais, societário, comercial e M&A.
Ao longo da sua carreira tem aconselhado clientes nacionais e internacionais em operações de M&A, cessão de empresas e na negociação de contratos internacionais. Joana Gomes dos Santos trabalha também na área negocial, quer no aconselhamento de diversas empresas no dia-a-dia, quer tomando parte em operações onde são combinadas diversas áreas de prática, tais como mercados capitais ou corporate governance.
Que idade tinha quando chegou ao escritório? Em que ano?
Cheguei ao escritório pouco depois de acabar a licenciatura, em 2004, quando tinha ainda 22 anos (faria os 23 daí a uns meses).
Como conseguiu o estágio no escritório?
Quando terminei o curso, não conhecia muitos escritórios de advogados, nem eu sou de Lisboa, nem a minha família tinha ligações à advocacia, pelo que fiz uma pesquisa na internet sobre as várias sociedades de advogados em Lisboa e mandei o currículo para algumas. Uma das primeiras a responder foi a Caiado Guerreiro. Vim fazer uma entrevista com uma das advogadas e depois com o managing partner. Ligaram-me pouco depois a convidar-me para fazer o estágio e eu aceitei.
Tenho alguma pena de não ter tido uma experiência profissional no estrangeiro, mas não sei se mudaria neste momento alguma coisa para o ter tido.
E qual a primeira impressão do escritório?
Fui muito bem recebida, fiquei com a impressão de que estava perante uma equipa “jovem” e dinâmica, mas muito séria.
Sentiu receio, natural de uma jovem licenciada?
Claro que senti algum nervosismo no meu primeiro dia de trabalho, não sabia bem o que me esperava. Mas rapidamente passou pelo excelente acolhimento que tive. Fui bem recebida pelos colegas, que tudo fizeram para me integrar e pôr à vontade.
Como acabou por ‘ir parar’ à área em que se especializou?
Foi uma evolução natural, fui assumindo certos dossiers de outros colegas à medida que me ia tornando mais sénior.
Continua a haver picos de trabalho, mas consigo gerir a vida pessoal.
Nunca foi sondada para mudar de escritório? Se sim, o que a fez ficar na Caiado Guerreiro?
Nunca ofereceram um desafio que compensasse abandonar uma das melhores equipas que a nossa praça tem. Somos uma família e isso não é fácil de trocar.
O que acha que a Caiado Guerreiro tem de melhor ou quais as suas mais valias face a outros escritórios?
Tem não só mentes jurídicas brilhantes, o que não é exclusivo da Caiado Guerreiro, mas tem um ambiente e um espírito de equipa e de entreajuda difícil de igualar. Aqui conheci pessoas que se tornaram amigos para a vida. Temos uma boa capacidade não só de identificar talento, mas também de formar as pessoas e de passar os nossos princípios. E disto beneficiam também os nossos clientes que, ao lidarem com uma equipa coesa, recebem um muito melhor trabalho, eficaz e dentro dos prazos acordados.
E a nomeação para sócia, aconteceu naturalmente? Desde quando é sócia?
Desde abril de 2014.
Tem não só mentes jurídicas brilhantes, o que não é exclusivo da Caiado Guerreiro, mas tem um ambiente e um espírito de equipa e de entreajuda difícil de igualar.
Momento mais difícil que passou na Caiado Guerreiro?
Houve momentos de excesso de trabalho em que não havia semana em que não saísse por regra às 23h e esses momentos fizeram-me questionar a minha escolha de vida. Felizmente, isso não é a regra no escritório e prendeu-se com o facto de terem entrado muitos projetos novos em momentos em que houve uma redução da equipa. Continua a haver picos de trabalho, mas consigo gerir a vida pessoal, o que não se passa com muitos colegas de outros escritórios, que vejo completamente extenuados por as suas equipas terem falta de gente.
Momento mais gratificante?
Quando ainda antes dos 30 anos conduzi a minha primeira equipa de DD, numa altura de férias da Páscoa, em que estávamos com menos gente no escritório, com bastante sucesso e satisfação do cliente. Senti-me verdadeiramente orgulhosa de mim, fui um grande desafio que me deu muita autoconfiança uma vez superado.
Se voltasse atrás no tempo, mudaria alguma coisa no seu percurso profissional?
Não gosto muito de me alongar nos “e se”, não nos levam a lado nenhum. Tenho alguma pena de não ter tido uma experiência profissional no estrangeiro, mas não sei se mudaria neste momento alguma coisa para o ter tido. Qual seria o custo dessa oportunidade?
Tem algum mentor ou mentora/role model no escritório? Ou fora do escritório?
Trabalhei com tantas pessoas diferentes, a quem reconheço enormíssimas capacidades, que é injusto identificar uma só. Há várias pessoas que tenho por referência em várias áreas, uns pela metodologia, outros pela sabedoria, outras pela generosidade, outros pela capacidade de motivação, outros pela energia. Cada uma dessas pessoas me serve de inspiração, à sua maneira.
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Como é fazer carreira na Caiado Guerreiro? “Somos uma família e isso não é fácil de trocar”, diz Joana Gomes dos Santos
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