“Toda a minha alma está nisto.” Biden promete ser o presidente de todos, mesmo dos que não o apoiam

Joe Biden tomou posse como presidente dos EUA e prometeu ser o presidente de todos os cidadãos, incluindo daqueles que não votaram nele nas eleições.

Joe Biden, 46.º presidente dos Estados Unidos da América.EPA/Patrick Semansky / POOL

Joseph R. Biden, 78 anos, prestou juramento e assumiu a presidência dos Estados Unidos da América, acompanhado pela vice-presidente Kamala Harris, a primeira mulher a desempenhar o cargo. Num discurso unificador, Biden prometeu ser “o presidente de todos os americanos”, mesmo daqueles que não votaram nele nas eleições de novembro.

“Este é o dia da América. Este é o dia da democracia. Um dia de história e esperança, de renovação”, começou por afirmar Biden no primeiro discurso enquanto 46.º presidente da maior economia do mundo. “Durante anos, a América foi testada e esteve à altura do desafio. Hoje, celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa, a causa da democracia”, disse o democrata.

Numa clara referência ao facto de Donald Trump, antecessor, nunca ter aceitado o resultado das eleições — espoletando um violento ataque ao Capitólio a 6 de janeiro –, Biden recordou que a democracia não pode ser dada como garantida: “Aprendemos novamente que a democracia é preciosa, é frágil. A esta hora, amigos, a democracia prevaleceu”, apontou, numa cerimónia que não contou com a presença de Trump.

“Temos muito para sarar e construir”

“Acabei de fazer o juramento sagrado. A história não depende de um de nós, não de alguns de nós, mas de todos nós. Isto é uma grande nação. Somos boas pessoas”, disse ainda Joe Biden, sinalizando que o país tem de “ir longe” perante os problemas que estão a ser causados pela pandemia, que continua fora de controlo no país.

“Temos muito para sarar e muito para construir. E muito para ganhar”, continuou o novo presidente, considerando também que “poucas pessoas na história da nação foram mais desafiadas ou encontraram tempos tão difíceis como” os de agora. “O vírus tirou mais vidas num ano do que em toda a Segunda Guerra Mundial”, reforçou o chefe de Estado, endurecendo o discurso.

No discurso na cerimónia de inauguração, a partir do edifício do Capitólio, Joe Biden falou contra o racismo sistémico, contra o “extremismo político” e contra os “supremacistas brancos”. São ideais que o presidente assumiu querer “desconstruir e vencer”, mas que também reconheceu que, para serem ultrapassados, é preciso “muito mais do que palavras: requer unidade”.

Citando Abraham Lincoln na sua própria tomada de posse, Joe Biden reforçou: If my name evers go down in history, it will be for this act, and my whole soul is in it. My whole soul is in it. (“Se meu nome algum dia entrar para a história, será por causa desse ato, e toda a minha alma está nele.”) De seguida, e referindo-se à sua própria presidência, Joe Biden rematou: “Toda a minha alma está nisto. Peço a cada americano para se juntar a mim nesta causa.”

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