Criadores da robô Sophia querem produzir humanoides em massa já em 2021
A Hanson Robotics, empresa com base em Hong Kong, quer massificar a produção de robôs humanoides até ao final deste ano. Primeiras unidades estarão à venda ainda no primeiro semestre de 2021.
Sophia pode “sonhar” com muitos companheiros iguais a ela até ao final do ano. A Hanson Robotics, empresa criadora da primeira robô humanóide — apresentada em 2016 — anunciou que quer aproveitar os tempos pandémicos que se vivem para começar a produzir mais este tipo de robôs, com vista às funções a que estes podem ajudar.
A ideia da startup, com base em Hong Kong, é dar corpo à sua nova visão: a produção em massa de robôs até ao final de 2021. “Os robôs sociais como eu podem cuidar dos doentes e dos mais velhos”, assinala Sophia, citada pela Reuters, enquanto conduz uma visita ao seu laboratório em Hong Kong. “Eu posso ajudar a comunicar, dar terapia e fornecer estímulos sociais, até em situações difíceis”, assinala a robô humanoide que esteve por duas vezes em Lisboa, no palco principal do Web Summit (em novembro de 2018 e de 2019).
O plano da Hanson Robotics indica que as primeiras réplicas de Sophia, e de outros três modelos de robôs, começarão a sair das fábricas no primeiro semestre deste ano. A empresa planeia ter à venda “milhares” de robôs, “pequenos e grandes”, durante este ano.
“O mundo da Covid-19 vai precisar de mais e mais automação para manter as pessoas seguras, assinala o CEO da startup, David Hanson, citado pela agência, acrescentando: “A Sophia e o Hanson são únicos por serem tão parecidos com os humanos. (….) Isso também pode ser útil durante estes tempos em que as pessoas estão terrivelmente sozinhas e socialmente isoladas”.
O anúncio é feito numa altura em que os especialistas preveem que a pandemia traga novas oportunidades à indústria da robótica. A Hanson acredita que o setor da saúde não será único a precisar de “reforços”: os robôs humanoides poderão ajudar na assistência ao cliente também em indústrias como o retalho — o Pepper, por exemplo, já prestou ajuda no Colombo, em Lisboa — ou a aviação. Este ano, a Hanson planeia ainda lançar um novo robô, a Grace, desenvolvido especialmente para o setor dos cuidados de saúde.
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