Limites às taxas de entrega afetam viabilidade dos serviços, considera a Glovo
Com as novas medidas de confinamento geral, as comissões cobradas pelas plataformas aos restaurantes pela entrega de refeições ao domicílio são limitadas a 20% e as taxas de entrega não podem subir.
A Glovo considerou esta sexta-feira que os limites impostos pelo Governo às comissões e taxas cobradas por plataformas de entregas de refeições ao domicílio terão um impacto negativo na viabilidade dos serviços e também nos restaurantes, estafetas e clientes.
“As ‘apps’ [aplicações] de entrega como a Glovo permitem aos restaurantes montarem e operarem um serviço de delivery em apenas alguns dias”, defende a Glovo numa nota enviada à Lusa, acrescentando que a taxa “inclui a tecnologia e o serviço ao cliente proporcionados pela plataforma, mas é destinado, principalmente, ao pagamento do estafeta”.
Por isso, continua a Glovo, “limitar em 20% a taxa impacta profundamente a viabilidade dos serviços de entrega e, portanto, terá também um impacto negativo para os restaurantes, para os estafetas e para os clientes”.
A empresa sublinha, no entanto, que está “fortemente empenhada em continuar nas cidades portuguesas” e que espera trabalhar com o Governo “para encontrar novas soluções para fazer face à situação atual.”
No âmbito das novas medidas de confinamento geral, a vigorar desde dia 15 de janeiro, as comissões cobradas pelas plataformas aos restaurantes pela entrega de refeições ao domicílio são limitadas a 20% e as taxas de entrega não podem aumentar.
Na altura em que a medida foi conhecida, a Uber Eats reagiu considerando que os limites impostos às comissões cobradas por plataformas de entregas vão ter um efeito negativo para todos os que utilizam a aplicação.
“As limitações impostas ao nosso modelo de negócio, incluindo à nossa taxa de serviço, vão forçar-nos a alterar a forma como operamos, prejudicando todos os que utilizam a nossa aplicação e que queremos apoiar”, afirmou fonte oficial da Uber Eats, em reação às limitações previstas ao abrigo do novo estado de emergência.
Na nota escrita enviada à agência Lusa, a Uber Eats sustentou que “estas medidas tornam o serviço menos acessível para os consumidores, o que limitará a procura dos restaurantes e consequentemente as oportunidades dos milhares de pessoas que fazem entregas com a aplicação”.
Garantindo que o seu “foco” é “aumentar o volume de negócios dos restaurantes e ajudar na sua adaptação ao ‘delivery’” (entrega ao domicílio), a plataforma sustentava que “apoiar o setor da restauração” durante a pandemia tem sido “uma das [suas] prioridades no último ano”.
“Desde março de 2020 que investimos financeiramente num plano para ajudar os mais de 6.000 restaurantes e comerciantes – e os milhares de pessoas que dependem deles para trabalhar – continuando a garantir um serviço de entrega aos consumidores”, salientou.
Segundo a fonte, a Uber Eats iria “analisar as alterações necessárias, procurando minimizar o impacto negativo que esta alteração terá para todos neste novo confinamento”.
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