“Patentes e lucros das farmacêuticas não podem valer mais que o direito à saúde”, alerta Catarina Martins
Líder do Bloco de Esquerda alerta que "patentes e lucros das farmacêuticas não podem valer mais que o direito à saúde" e sugere que cada país comece a produzir a vacina.
As farmacêuticas não estão a conseguir cumprir com os prazos de entrega das vacinas Covid-19. A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, alerta que as patentes e os lucros das vacinas “não podem valer mais que a saúde das populações” e sugere que os próprios Estados comecem a produzir a vacina para evitar a escassez da mesma.
“Estava previsto que Portugal pudesse receber quatro milhões de vacinas até março e pelos vistos vai ser metade. Não é possível. É preciso começar a produzir a vacina nos laboratórios. As patentes das farmacêuticas e os lucros das farmacêuticas não podem valer mais do que o direito à saúde de toda a população”, disse Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, em declarações à RTP.
Para a líder do Bloco de Esquerda este atraso é lamentável e refere que os “laboratórios e as farmacêuticas estão a brincar connosco. Foram pagas as vacinas e estão a dizer agora que vão dar metade do que estava acordado”. Para a Catarina Martins, perante a escassez da vacina só existe um caminho: Os próprios Estados comecem a produção da vacina”.
Quando questionada sobre os casos polémicos com as vacinas da Covid-19, Catarina Martins diz que “todos os abusos devem ser punidos”, mas volta a insistir que não devemos olhar apenas para os pequenos abusos. “Era bom que não olhássemos só para os pequenos abusos, mas também para os grandes abusos das farmacêuticas – que pagas com dinheiro de contribuintes – neste momento estão a regatear as vacinas e não estão a fornecer aquilo que prometeram. Quando isso acontece é preciso tomar uma decisão e a decisão tem que ser que os próprios estados comecem a produção da vacina”.
Para Catarina Martins, a polémica em torno da vacinação “é um desrespeito imenso para com o país e com os profissionais de saúde que têm feito um extraordinário trabalho de vacinação”.
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