Empresas de vestuário perdem 540 milhões de euros em exportações em 2020
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, a queda “mais acentuada” das exportações de vestuário no ano passado registou-se com Espanha, com uma redução de 30%.
As exportações portuguesas de vestuário caíram 17,3% em 2020, para 2.586 milhões de euros, diminuindo mais de 540 milhões de euros face aos 3.128 milhões de euros em 2019, divulgou esta terça-feira a associação setorial.
“A queda era esperada, até porque a situação sanitária tem piorado e muitos países têm imposto confinamentos à população e o encerramento de lojas, o que faz com que o consumo e, consequentemente, as encomendas para Portugal se ressintam”, afirma o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC/APIV), citado num comunicado.
Segundo César Araújo, “há empresas com quedas ainda superiores na sua atividade, nomeadamente as que trabalham no vestuário de tecido e uniformes, que são áreas particularmente afetadas e que estão, por isso, numa situação muito difícil”.
“É preciso apoiar estes negócios para que, no final desta pandemia, a indústria de vestuário, que emprega mais de 90 mil pessoas, continue a garantir o crescimento dos postos de trabalho e dos rendimentos, como tem feito ao longo das últimas décadas”, avisa.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) tratados pela ANIVEC/APIV, a queda “mais acentuada” das exportações de vestuário no ano passado registou-se com Espanha, com uma redução de 30%, o que representa menos 368,2 milhões de euros.
Contudo, acrescenta, “as quebras atingem igualmente os dois dígitos nos envios para os EUA (-14,7%), Países Baixos (-13,9%) e Itália (-10,1%)”.
Conforme explica a ANIVEC/APIV, “a tendência de queda nas exportações manteve-se até ao final do ano, com os números do mês de dezembro a revelarem uma descida de 14,6%” (para 195,6 milhões de euros), que se segue às descidas de 14,4% em novembro e de 12,1% em outubro.
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