Reabertura faseada das escolas deve ser por idades e nível da doença em cada região

À semelhança de Marcelo Rebelo de Sousa, que sublinha a necessidade de definir um “plano faseado de reabertura” das escolas, o pneumologista do Hospital Pulido Valente, Filipe Froes, concorda que as escolas devem abrir de forma faseada e não de igual forma em todo o país. Deve depender da incidência da doença e da capacidade de rastreio em cada região, avança o Diário de Notícias (acesso pago), esta sexta-feira.

Na ótica do porta-voz do Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos, a reabertura das escolas deveria começar pelas creches, dos zero aos três anos, e depois, eventualmente, até aos 12 anos. “Sabemos que as crianças nestas idades, entre outros fatores, têm menor densidade de recetores AC2 aos quais o vírus se liga. Não só têm menos doença como menos transmissibilidade”.

O médico defende ainda que a reabertura das escolas deve ser trabalhada região a região e não a nível nacional. “A reabertura terá de começar pelas faixas etárias em que o risco é menor e mais facilmente controlável”, mas também tendo em conta outros fatores, como os indicadores de incidência de cada região. O epidemiologista Ricardo Mexia também concorda que se comece a trabalhar num plano faseado para a reabertura das escolas, o que, aliás, “tem vindo a ser defendido desde sempre”.