Bancos portugueses são os que têm menos mulheres nas administrações
Análise da DBRS mostra que os bancos portugueses aumentaram a presença de mulheres nos conselhos de administração, mas ainda têm um longo caminho a percorrer em termos de diversidade de género.
Os bancos portugueses aumentaram a presença de mulheres nos seus conselhos de administração nos últimos anos, mas continuam a ser aqueles com menos administradoras em comparação com outros países europeus, de acordo com um levantamento feito pela agência Morning Star/DBRS.
Portugal tem uma média de 19% de mulheres nos conselhos de administração das instituições financeiras (dados de 2019), o que representa uma melhoria de nove pontos percentuais em relação ao valor registado cinco anos antes (10%). Mas continua, ainda assim, na cauda da Europa em termos de igualdade de género nos boards dos bancos, com a Europa a apresentar uma média de 32%.
Do outro lado, Noruega e Suécia são os países com maior representação feminina ao nível do conselho de administração, com mais de 40% dos membros da administração a serem mulheres.
A análise da agência mostra ainda que apenas seis bancos têm uma mulher com CEO: DNB ASA (Noruega), Svenska Handelsbanken (Suécia), NatWest Group (Reino Unido), Bank of Ireland (Irlanda), Banca Nazionale del Lavoro (Itália) e Bankinter (Espanha). E que apenas três instituições têm uma chairwoman: DNB ASA (Noruega), Banco Santander (Espanha), e Banca Monte dei Paschi (Itália).
“A diversidade de género tornou-se numa questão cada vez mais importante para o setor bancários, sobretudo porque os fatores ESG (environmental social governance) são mais importantes para os investidores na hora de avaliar os bancos”, referem os analistas da Morning Star/DBRS.
Os analistas referem que introdução de quotas poderá ser um caminho para reduzir a desigualdade de género nos bancos, mas não será um fator suficiente por si só.
Dois bancos portugueses situavam-se no antepenúltimo e penúltimo lugares da lista da DBRS: o Novo Banco e o Banco Montepio.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP também surgem na lista, com menos de 30% de mulheres nos seus boards. O banco público prepara-se para mudanças na sua administração e deverá integrar mais mulheres no próximo mandato.
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