Dijsselbloem: “Mercados estão a dizer que é preciso reformas”
Jeroen Dijsselbloem voltou a deixar alertas sobre a situação financeira de Portugal. Diz que há "riscos relevantes no médio prazo". Os "mercados estão a dizer que é preciso reformas".
Jeroen Dijsselbloem deixou um novo alerta a Portugal. À saída do Eurogrupo, afirmou que “não há espaço para complacência com Portugal”, sublinhando que o país enfrenta riscos no médio prazo. São precisas reformas, salientando que é isso que os mercados estão a pedir ao Governo de António Costa.
Citado pela Bloomberg, o presidente do Eurogrupo voltou a mostrar a sua preocupação com a situação financeira do país, notando que há “riscos relevantes no médio prazo”. “A volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, notou Dijsselbloem, citado pela Bloomberg. É isso “está a ser feito neste momento. Penso que estão a tomar as medidas adequadas”, diz, citado pela Lusa.
Juros da dívida acima dos 4%
O presidente do Eurogrupo referia-se à subida dos juros da dívida nacional a dez acima da fasquia dos 4%. Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), também salientou que os mercados estão “nervosos com o nível de dívida, o setor financeiro e a competitividade” do país, mas “estou confiante de que se derem resposta a estas questões, os mercados irão reagir positivamente”.
Terá sido esta mensagem de preocupação que Dijsselbloem deixou a Mário Centeno, ministro das Finanças, que à saída do encontro de ministros das Finanças da Zona Euro destacou a queda do défice em 2016. Os dados da execução orçamental apontam para que tenha encolhido em 497 milhões de euros. Deverá ficar, assim, nos 2,3% do PIB, ou menos.
“Estamos determinados a continuar neste caminho. As politicas [adotadas pelo Executivo de António Costa] levam a estes resultados”, afirmou Centeno em declarações aos jornalistas à saída do Eurogrupo.
“Mantemos sempre os compromissos e a nossa atitude perante o Eurogrupo e os nossos parceiros”, disse. “Mostrámos determinação em cumprir esses compromissos. Portugal cumpre de forma tranquila e determinada. Teremos um défice sustentadamente abaixo dos 3%”, rematou.
(Notícia atualizada às 19h32 com mais declarações de Dijsselbloem e Klaus Regling)
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