Bancos emprestam 968 milhões para comprar casa no primeiro mês do ano

Desceu o montante de financiamento às famílias para a compra de casa. Em janeiro, os bancos concederam 968 milhões de euros em empréstimos à habitação, avança o Banco de Portugal.

O crédito concedido para a aquisição de nova habitação encolheu em janeiro. Os bancos financiaram as famílias portuguesas, no primeiro mês do ano, em 968 milhões de euros para a compra de casa. Este foi o valor mais baixo desde agosto de 2020, de acordo com os dados do Banco de Portugal.

Em comparação com o mês anterior, em que os bancos emprestaram 1.203 milhões de euros para a aquisição de habitação, foram assim concedidos menos 235 milhões de euros no primeiro mês de 2021. É preciso recuar a agosto de 2020 para encontrar um valor ainda mais baixo no que toca aos montantes concedidos em novos créditos à habitação, na altura de 854 milhões de euros.

Face a janeiro do ano passado, regista-se também uma quebra no que toca a este indicador. Se no primeiro mês deste ano as famílias receberam das instituições financeiras 968 milhões de euros para a compra de casa, em janeiro de 2020 esse montante foi de 977 milhões de euros — o que representa uma quebra de 9 milhões de euros face ao período homólogo.

Já no que toca à taxa de juro média para novos empréstimos à habitação, esta desceu três pontos base, fixando-se agora nos 0,77%. Fica, assim, estabelecido um novo mínimo histórico, pelo sexto mês consecutivo. No início de 2020, esta mesma taxa era de 1,07%.

Crédito ao consumo desce em janeiro

Depois de uma ligeira subida no mês do Natal, o montante concedido aos portugueses para fins de consumo sofreu um decréscimo em janeiro. Se em dezembro foram emprestados pelos bancos 359 milhões de euros, agora esse montante baixou 78 milhões de euros, para os 281 milhões de euros. Face a janeiro de 2020, mês em que os portugueses receberam dos bancos 460 milhões de euros para consumo, regista-se também uma quebra.

No caso do crédito para outras finalidades, os bancos emprestaram às famílias um total de 137 milhões de euros no mês de janeiro, valor que fica consideravelmente abaixo do registado tanto no mês anterior, como no período homólogo – ambos de 215 milhões de euros.

Ao contrário do que aconteceu com o crédito à habitação, em ambos estes casos registou-se um aumento nas taxas de juros aplicadas a novas operações. “No crédito ao consumo e para outros fins, as taxas de juro médias foram de 6,56% (6,09% em dezembro de 2020) e de 3,66% (2,97% em dezembro de 2020), respetivamente”, revela o Banco de Portugal.

Somando todas estas finalidades (casa, consumo e outros fins), as instituições financeiras concederam, em janeiro, um total de 1.386 milhões de euros às famílias portuguesas. Estamos, assim, perante uma quebra face ao período homólogo (1.652 milhões de euros), bem como em comparação com dezembro de 2020 (1.778 milhões de euros).

(Notícia atualizada às 11h41 com mais informação)

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